terça-feira, 27 de dezembro de 2005

acabou o que.
manda um racionais mc's aí.

(...)
O que é e o que é? clara e salgada, cabe em um olho e pesa uma tonelada, tem sabor de mar, pode ser discreta, inquilina da dor, morada predileta. na calada ela vem, refém da vingança, irmã do desespero, rival da esperança, pode ser causada por vermes e mundana ou pelo espinho da flor cruel que vc ama, amante do drama, vem pra minha cama por querer, sem me perguntar me fez sofrer, e eu que me julguei forte, e eu que me senti, serei um fraco quando outras delas vir. se o barato é louco e o processo é lento, no momento, deixa eu caminhar contra o vento. do que adianta eu ser durão e o coração ser vulnerável? o vento não, ele é suave, mas é frio e implacável, (é quente) borrou a letra triste do poeta, (só) correu no rosto pardo do profeta. verme sai da reta, a lágrima de um homem vai cair, esse é o seu B.O. pra eternidade. quem diz que homem não chora, tá bom, falou ou vai pra grupo irmão aÍ: JESUS CHOROU ! ! !

(...)


vamo brindar o dia de hoje que o amanhã só pertence a deus, a vida é louca....

segunda-feira, 26 de dezembro de 2005

...


acabou.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2005

feliz triste ano velho

é engraçado!
eu sou comédia demais!

rindo sempre. mesmo chorando.

triste, sigo sorrindo.

ah, então.

essa música foi a cara de 2005 pra mim. não sei se já escrevi ela em algum lugar, mas, enfim, tou sempre escrevendo ela de novo.

QUEM VOCÊ É


Onde está meu verdadeiro eu? Eu não sei dizer.
Tanta mudança que já me aconteceu e que vai me acontecer..

Aconselho então parar de se culpar por pouco.
Aconselho então parar de se desculpar por muito, pó pará....

Quero poder me recostar em ti e devagar me descobrir.
Deixar eles pra lá.
Contigo divagar e ser aquilo que o momento permitir.

Quando é que eu vou me reconhecer? Eu não sei dizer.
Tanta pessoa já passou por minha vida indo-se sem eu perceber...

Aconselho então agarrar a chance que convém.
Um mínimo detalhe pode determinar um máximo resultado, vá buscar.

...

Não era hora, alguém me segurou.
Permaneci, mas, que lugar estou?
....

terça-feira, 20 de dezembro de 2005

lágrimas insistem em descer. já fazem anos que correm obstinadamente, sem miséria, sem vergonha, só o medo, a descrença.
fui eu quem as criei. fui eu quem as concebi molhadas e salgadas, desde a noite em que meus olhos vislumbraram interessados outros olhos desinteressados.
os sorrisos, eles nunca deixaram de se fazer presentes. eles não fui eu quem concebi, mas sim as circunstâncias ao redor, as substâncias várias por todos lados. mas, enquanto os lábios esticavam alegres mostrando dentes que me faziam presente, por dentro do rosto as lágrimas insistiam gota a gota, dor, a dor...






ontem eu fui numa lanchonete comprar uma coca-cola e derrubei um vinho de 7 reais no chão.

mas não foi por causa disso que eu chorei.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

eu não consigo entender

eu não consigo entende-er porque eu quero você-ê


ié ié ié.....

rock n roll em brasília e amanheço quebrada no outro dia, nem comer consigo.
ao mesmo tempo.

eu não consigo entende-er.... porque eu quero você-ê!!!

ié ié ié......

ou ou ou.....

lá lá lá....

e eu tive 29 amigos outra vez....


"........quando terminar esse som.... os maluco doido vão ficar mais louco, mais que sufoco! com a cara e a narina em uma carreira de farinha! ops ops ops vixe vixe espera lá... na capa do caderno só o pó, ô dó.... como é que pode?"

sábado, 17 de dezembro de 2005

vidalevaeu

relembrando o mar

por enquanto, aqui em brasília, a chuva continua caindo. e né pouca não.




"e a vida?
e a vida o que é diga lá meu irmão?"

enói
vamos viver.
só podemos ter a certeza
que viver é para o bem
viver não foi feito para o mal.
viva!
hj é quarta-feira!
ooobaaa!
o céu tá azulão
ooobaaa!
que mação gostosa.
ooobaaa!
escrever é bão dimais!

OOOBAAA!

enoi, algum lugar de 2005

quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

é tão lindo...

insuportável por mais tempo. insustentável há muito.


VIEIRAS NA AREIA

Olha eu segui sua direção mas não vi vieiras na minha mão.
E se à beira-mar deixei elas no chão foi porque eu não tinha enxergado outra opção.

Você se foi, e eu tinha esperado tanto.
Não mais espero. Ou não esperarei.

Mar, imenso verde, enorme azul.
Os seus olhos azuis são verdes.
Até as entranhas gritam: esperança!...
E ela, de tão verde, amadureceu.

Você não veio (não!), e eu tinha esperado tanto.
Não mais espero. Vê lá se esperarei.

Brisa.... Mar irá te levar
Porque eu quero acreditar que os anos
Irão sanar todos os danos que eu mesma me inflingi.
E eu quero acreditar que o tempo
Irá tirar de mim o veneno que eu mesma ingeri.

Eu chamaria amor, maré vazia, cheia.
Eu chamaria amor, amar é alta e baixa.
Eu chamaria amor, onda que vai e vem.
Eu chamaria amor, vieiras na areia.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2005

a vida, um jogo

sinuca na fafich há cerca de 3 meses atrás.

teresa dá a tacada.

a bola branca se deslocando pra perto da caçapa do fundo.

michel da filosofia: vai suicidaaaar.....

a bola branca parando na beiradinha da caçapa.

teresa: ainda não, ainda não.

por vezes divertido. por vezes dolorido.

terça-feira, 6 de dezembro de 2005

do lado de cá, do lado de lá, de novo e pá

você me pergunta sobre a minha paixão
digo q estou encantada com uma nova invenção
eu vou ficar nessa cidade, não vou voltar pro sertão
pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova estação
eu sei de tudo na ferida viva do meu coração.
já fas tempo eu vi vc na rua, cabelo ao vento, gente jóvem reunida
na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais


minha dor é perceber............................................


minhas observações para sobreviver bem em brasília

não confie na faixa de pedestres

não confie em senhores de gravatas

compre um guarda chuva no verão e no inverno um pote tamanho família de creme hidratante

se andar de ônibus (q pena pra vc...), leve sempre mais dinheiro do q se propunha gastar

conheça as pessoas certas nos lugares errados

e pá pá pá

saiba escolher seus frevo, não seja banda,
e pá pá pá


BRASÍLIA NASCEU
DE UM GESTO PRIMÁRIO
DOS EIXOS SE CRUZANDO
OU SEJA, O PRÓPRIO SINAL DA CRUZ
COMO QUEM PEDE BENÇÃO
OU PERDÃO
Nicolas Behr


terça-feira, 29 de novembro de 2005

propaganda pessoal....

meu babe foi-se pela descarga...

não vou falar se do carro ou se da privada.




muito bem. vou fazer uma auto-promoçãozinha básica

"só pra variar.... eu tinha q mencionaaar...."

gostaria de falar q como q por um milagre meu nome tá lá na lista e eu pediria pra que quem goste de me ouvir cantar q vote em mim então, dá um trabalho de mais ou menos um minuto e 03 segundos se vc for votar em todos os itens.

http://www.sasprod.com.br/votacao_2005.php

thereza trothamundos
poxa. quem soletrou isso?

OK. melhor cantora de bsb. pfff.... eu toquei cinco músicas lá no tse. algumas centenas de músicas dentro de uma clínica de recuperação. mas eu acho q eu mereço o prêmio. acho mesmo. sou sincera. votei em mim!

uma grande dica: mariano borges, do scraxo, tá na minha lista de votação.
(só pra scraxar, né véi, a música vai ter q mudar o nome...)

eu não tou entendendo nada! parar com o cigarro é um ato heróico!
eita, virada!

quinta-feira, 24 de novembro de 2005

last but not least....

O frêmito.
O singular segundo quando o tempo pára.
A garganta travada e o olhar distante.
O prazer que é dor que não se menciona.
Orgasmo sem único lugar.

Despenco só.
Acompanhada.
Tudo.
Nada.


...........................................................................................................................................

estou te esperando, babe. sem me deixar de lado, agora.

terça-feira, 22 de novembro de 2005

fé em deus quele é justo, ê, irmão, nunca sesqueça

por mais que se queira viver invisível e imperceptível ao coração dos outros.
por mais que se deseje ser si mesmo para si e somente si (não se esquecendo nunca do coração dos outros)

a gente nunca consegue.

o ser humano não é uma ilha. não é. alguém já disse.

a vontade é essa: ilhar-se como nunca e mandar o mundo às favas.
mas há tanto a se fazer.
há tanto o que vazar ainda...

a voz do periferia vibra perifericamente. bom nos ouvidos.
a esgrima do microfone....

"ore por nós pastor, lembra da gente..."

"A MÃE DOS PECADO CAPITAL É A VAIDADE..."

"UM BOM LUGAR SE CONSTRÓI COM HUMILDADE
É BOM LEMBRAR!
AQUI É O MANO SABOTAGE.
VOU SEGUIR SEM PILANTRAGEM
VOU HONRAR, PROVAR.
NO BROOKLIN TÔ SEMPRE ALI
MAS VOU SEGUIR COM DEUS ENFIM"

segunda-feira, 14 de novembro de 2005

sabe, tchuru ru

Distôo do tom da tendência em moda
De modo que eu direciono olhares
Quem lê o poema no espelho era eu
De modo que os tempos confundem pensares


GRAMÁTICA VIVA DENTRO DO INCONSCIENTE.
DE FREUD A NARCISO É BEM DE REPENTE.
A CIÊNCIA É A CRENÇA CONVERGINDO PRA DEUS.
COM OLHAR, BOCA, OUVIDO É COMPOSTO UM EU.
O SEGREDO É SÓ MEU.
COMO DEUS NASCEU.

O dia 13 já foi.

O ano completou-se.,

Vida louca Vida

Breve.

sexta-feira, 11 de novembro de 2005

angústia inominável

diretamente de um buraco chamado carmo do paranaíba.

eu não desencano. há um ano tenho tentado. e não desencano. como dizer?
de tudo, tudo tenho tentado.
o poema não sai facilmente.
as palavras soam vazias.
a felicidade parece não existir fora daquela imagem fantástica que criei, a qual não ouso citar o nome (e nem teria o direito).
eu saberia o nome do Nome?

um ano inteiro pra se analisar.... e um ano inteiro pra se arrepender....
e sem conseguir entender nada ainda.


"Sonhava com uma casa com um jardim de dentes-de-leão à frente, e rosas com espinhos, e cravos e margaridas, e violetas na janela. Sonhava com uma casa com um enorme pomar aos fundos e um balanço numa mangueira, para que as crianças pudessem brincar. Sonhava com Deus segurando sua casa de sonhos na palma das mãos, suavizando qualquer turbulência. Sonhava e sorria. Acordava e chorava. A casa não estava lá. E nem Deus."

sábado, 29 de outubro de 2005

porque é preciso muito mais que isso

eu não sei se já escrevi isso, mas me deu uma vontade imensa de copiar de novo.

porque eu tenho uma paixão de olhos verdes que ultrapassa os limites do aceitável.

e cabelos verdes.

e tudo verde e agora.... porque não é uma, são várias.

agora vazio.

"Eu sinto-te apenas como uma personagem minha, construída por mim, eu mesma eu. Uma personagem que é meu reflexo. Tristemente platônica. Felizmente paixão.
...
Se eu soubesse desenhar eu te desenharia. Mas, mesmo se soubesse com perfeição as técnicas do desenho, mesmo assim eu não conseguiria te desenhar perfeitamente pois a tua perfeição é somente tua e desenho algum pode tirar."

FANTASIA
QUE ME FASCINA
QUE ME DESVIRTUA
penso nela ainda e penso que se eu não pensar que não devo pensar nunca irei deixar de pensar mas se eu pensar que não devo pensar também vou estar assim mesmo pensando
e aí complica.

quinta-feira, 20 de outubro de 2005

ela não é ela, mas, enfim, fica sendo (no fundo, eu não sei quem era)

bem. e como além de escandalosa e estabanada eu rio e falo alto, eu fico em brasília.

pq isso aqui me grita.

se eu visse televisão e sentisse de verdade o quão chato é horário político eu já tinha parado de dizer não há muito tempo.

"As pessoas repetem os clichês, por exemplo, que 'amor é tudo'. Mas não é verdade. No mundo em que a gente vive, amor é lixo."

Isso aí em cima é Carolina Orm me dando uma dose de verdade.

E então, finalmente, eu decido gritar pra todo mundo ouvir o nome da minha paixão platônica:

O nome dela, Maria Joana...
Cabelos verdes de cor estranha...

(pq de vez em quando eu tenho q ser ambígua, pra poder preservar certas coisas...)

musiquinha quais nova.

CANÇÃO PESSOAL

Tinha esse tal menino rico, inteligente, carinhoso.
Mais maurício do que eu, patrícia.
Tudo bem, era vascaíno, ninguém é perfeito nesse mundo.
Mas ele até tava perto disso...
Tirando isso, tirando aquilo...

Não sei o que foi que aconteceu comigo
Cantei para ele as canções que fiz pra ti.
Não sei o que foi que aconteceu comigo
Dei pra ele o tempo que queria que fosse teu.

Quem era ela? Ela era. Quem ela era. Era ela.
Quem ela era? Era ela. Quem?
Quem era eu?
Quem era eu?

Menino rico... essa canção também pra ti.
Menino rico... essa canção.
Menino rico... a tua riqueza tão intrínseca.
Menino rico... e eu, tão seca...

Meu príncipe,
Um sapo que não se transformou.
Com a sapa se juntou.
Foi embora e não voltou.

Uma canção pessoal...
Quando que não é pessoal?
Uma canção pessoal...
Quando que não é pessoal?

segunda-feira, 17 de outubro de 2005

extra! extra!

VOTE NÃO

veja KILL BILL vol. I e saiba porquê.

(a interpretação fica à cargo do intérprete)

sábado, 15 de outubro de 2005

virgínia (como eu, eu vi!!!)

relembrando momentos muuuuuito legais.

ouvir mutantes

Vá embora e feche a porta,
Tenho frio
Vá embora antes que eu chore,
Tenho frio

Vou trancar-me para nunca mais abrir
Pro sabor dos nossos sonhos não fugir

Ainda lembro de janeiro
Quando o sol me deu você
Meu presente de ano novo
Que agora o frio levou

Mas por favor, senhor sol,
Me dê de volta Virgínia
Senhor sol...

PQ? PRA Q? SÓ TEM PAQUITA LÔRA!!!

quinta-feira, 13 de outubro de 2005

agora é oficial

TÔ DE GREVEEEEEEEEEEEEEEE.........................


pô. minha vida só é atraso mesmo.

vou acabar entrando na gandaia de novo, só pra pirraçar.

federal é fooodaaa.

domingo, 9 de outubro de 2005

eu quero entrar pro clube do bolinha

ESPERO EM PÉ NA RODOVIÁRIA AMARELADA.
AMARELO O MEU SORRISO COM UM CIGARRO ENTRE OS DEDOS.
DESCI AS ESCADAS EM PASSOS VACILANTES,
SENTI ESTRANHEZAS EMBAIXO DA UNHA,
ENCONTREI MENTIRAS,
E ME SUICIDEI
PELA MILÉSIMA OITAVA VEZ.


Minha mão treme
segurando um
cigarro
espalha-se
a felicidade
num caminho de tristezas
então tentado
designado
saudade
(pense no consultório no quadro com olhos e um olho verde imenso no perverso do freud nos lados esquerdos no estágio do espelho e lacan mais o narcisismo enganado de qualquer amor)

quarta-feira, 5 de outubro de 2005

bsb x bh

decidi escrever com o coração assim, deixar sair as coisas e o q mais me vem em mente é o meu lugar: q lugar estou? embora viva nessa cidade seca e plana (q já começa a umidecer...) volta e outra levo meus pensamentos pra bem longe daqui e quero voltar praquela outra cidade de morros e turbulências. é estranho porque aqui eu estou cercada de parentes e pessoas próximas e lá eu possuo "apenas" amigos. parece q meu ego sente uma necessidade louca de se libertar dos laços de sangue e voltar à vida sem compromissos da minha cidade com a serra, com as praças, com as noites. parece q meu ego quer ser mais ego e se formar e reformar por conta própria, sozinho, mais ele mesmo e somente.

q ego é esse afinal? aqui não me reconheço em lugar algum. passo da casa de um para a casa de outra e não tenho um lar. quero ter um lar e construir um lar por mim mesma, não depender deles ou delas, quero ser eu e curtir minha solidão por eu mesma.

enquanto prevalecer em mim essa vontade louca de passado, de reconstrução do passado, não conseguirei viver em paz nessa nova cidade. nova cidade q já é antiga conhecida, eu bem sei, pois desde meus jovens meses de idade eu já passava por aqui, visitando pessoas, encontrando família.

minha família vai comigo aonde quer q eu vá. não quero depender do espaço ou do tempo, meras convenções. quero me encontrar, mesmo q para isso tenha q estar completamente só.
e é assim q funciona.

bh me chama. bsb me grita.

segunda-feira, 3 de outubro de 2005

No Referendo, vote NÃO

Vc é contra ou a favor da proibição do comércio de armas de fogo?


Eu sou contra o monopólio norteamericano na indústria bélica e a favor da soberania nacional.

A favor do meu "direito" de fazer revolução armada. (tá certo q a constituição proibe grupos paramilitares, mas se proibirem o direito ao porte de armas vai ficar ainda mais difícil burlar a lei...)


Pq de vez em quando eu me importo com política.

É isso.

quinta-feira, 29 de setembro de 2005

tá dominado, tá tudo dominado !hUH!

Eu não gosto nem de ouvir falar em matemática.
Eu sou pessoa péssima em números.
Eu não sou nada exata.
Grata.
Gravata!

Eu me derreto em palavras.


"os poetas, que não sabem o que dizem, como é bem sabido, sempre dizem, no entanto, as coisas antes dos outros."

dá-lhe Lacan.

segunda-feira, 26 de setembro de 2005

esperança verde

"Perdi até o último dos bens humanos
- a esperança - e não pretendo escarnecer
de mim, eu mesma, imaginando ser possível
gozar na minha vida ainda a mínima alegria.
E todavia é doce guardar ilusões."



EURÍPEDES, As Troianas.



Não vou buscar a ESPERANÇA
Na linha do HORIZONTE
Nem saciar a sede do futuro
Na fonte do passado
Nada espero e tudo prezo
Sou quem dança
Sou quem canta
Quem na orquestra desafina
Quem delira sem ter fibra
Sou o par e o parceiro
Nas verdades
A desconfiança.
(relembrando de um show.... nem secos e nem molhados....)

domingo, 25 de setembro de 2005

amém!

eu vi um... como dizer? uma vinheta de canal televisivo? canal de cartoons, inclusive. era um mininin (com duas maria chiquinhas no mínimo ahn.... estranhas, bem poligonais). estilo mangá japonês. ele dava um pirulito redondo (daqueles de desenho em espiral) para uma minininha de cabelos curtos. aí a minininha ia e dava um beijo no mininin. claro, não sem antes dar umas boas lambidas no doce redondo pirulito.

eita muléki.
pensei: que bosta. então é assim? você tem que dar um doce pra ganhar um beijo?

"obrigada, mas, doce eu posso comprar"

penso na crueldade do mundo e nos pré-conceitos.


pedro, o primo, terminou de me fazer crer que jesus entrou no deserto dele. eu fico feliz. por ele e por mim e por nós. pq no fundo é só isso: cada um com a sua paz.

eu tenho o meu deus pessoal

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

atravesso o travesseiro, o lençol, o colchão...

A correnteza que me puxa por entre as frestas
de encontros forçados
a eventos marcados
vis, sacros e irrelevantes.

Entre linhas sem roupa.

Queridos, estou atravessada
entre o tudo e o nada!


....

de novo!

Preciso te dizer: eternamente apaixonada.
Impossível para mim te tocar.
Agora sim entendo realmente o que é ser platônica

Não haveria graça nenhuma em ser aristotélica.

domingo, 18 de setembro de 2005

saudade do que já foi

é assim que acontece.

eu odeio essa cidade. isso aqui fede.

quando eu era mais nova eu sonhava em encontrar uma lâmpada mágica. ficava imaginando quais seriam os meus três pedidos. lógico que um deles seria ter mais pedidos... mas um outro seria... tipo, eu sonhava em morar em um lugar onde TODAS as pessoas que passaram pela minha vida e que eu gostava morassem também. esse seria o meu pedido mais valioso.

é triste porque as pessoas passam. e, quanto mais velho você vai se tornando, mais difícil é encontrar amigos de verdade. por isso que dou tanto valor naqueles que já fiz e que são de verdade, que estão de verdade dentro de mim.

adultescer é descrer em tudo, principalmente nas pessoas.

o ser humano fede. muitas e muitas vezes.

a cidade fede.

a humanindade... fede. muitas e muitas vezes.

quinta-feira, 15 de setembro de 2005

sigo.... nos ventos.....

PASSO POR ENTRE OS CORREDORES DE UM PRÉDIO QUILOMÉTRICO
SOU COMO A SEIVA DAS ÁRVORES
QUE ESCORRE PRA CIMA CONTRARIANDO A GRAVIDADE
PUXADA POR UMA TENSÃO QUE SÓ A NATUREZA EXPLICA
SIGO O RITMO DA CORRENTEZA
SOU ÚNICA E ESTOU VIVA.



"Não mais existem Tróia e nem rainha.
À Sorte muda, deves resignar-te.
Irás errante, ao gosto do destino.
É vão esforço pretender opor
A frágil nave dessa vida às vagas
Navega! Entrega-te ao azar dos ventos!"

Hécuba, falando para si mesma...

EURÍPEDES, As troianas.


WO IST GERTRÜD???

sábado, 10 de setembro de 2005

uma jovem que me guarda

vamos de roberto carlos!

patrícia presepada cantando pra teresa trotamundus:

Sei que você fez os seus castelos
E sonhou ser salva do dragão
Desilusão meu bem
Quando acordou, estava sem
ninguém...

Sozinha no silêncio do seu quarto
Procura a espada do seu salvador
E no sonho se desespera
Jamais vai poder livrar você da
fera da solidão..

Com a força do meu canto
Esquento o seu quarto prá secar
Seu pranto
Aumenta o radio
Me dê a mão..

Você precisa é de um homem
Prá chamar de seu
Mesmo que esse homem seja eu...

Um homem pra chamar de seu
mesmo que seja eu...


repito: eu sou narciso!!!

quarta-feira, 7 de setembro de 2005

você mora no sudoeste? eu te amo então!

não é por nada não, mas eu fico revoltada em constatar as coisas mais óbvias do mundo.

eu fico revoltada em constatar que pra se dar bem nesse mundo alguém tem que "conhecer" pessoas, tem que ser "amigo" de tais pessoas, tem que ter "influência" aqui, ali, e acolá. se eu conheço alguém que trabalha junto ao alto escalão do STJ? ótimo! se vou caminhar no parque com alguém que lambe sola no gabinete de algum senador? melhor ainda!

isso me deixa indignada. brasília é a cidade mais "política" que eu já tive o desprazer de colocar os pés.
aqui você não é uma pessoa. você é as atribuições do seu cargo. você é os contatos que possui. e, principalmente, você é o seu cartão de crédito sem limite.

terça-feira, 6 de setembro de 2005

monotonia

é isso, o já esperado.

o tédio me abarrota.

segunda-feira, 5 de setembro de 2005

o tempo passa, os dias correm

é mentira. eu não quero ser psicanalista.

eu quero ser bombeira.


ah. meu subrinhu nasceu! arthur virginiano de 3 de setembro. ai ai.

eu tenho diversas faces. o freud é louco mais q eu.


"Filho de nobre pai, também eu, quando era jovem, tinha a língua preguiçosa e pronto o braço. Hoje, com a experiência, vejo que, entre os mortais, são as palavras e não as ações que conduzem tudo."

SÓFOCLES, Filoctetes.


se utilizei as palavras erradas foi porque elas foram certas.
?
?
?

sexta-feira, 2 de setembro de 2005

tendo que me analisar...

fazendo análise e se an'alisando' sem receios.

(essa noite um sonho... a moça do coração partido! amigos! amigos!)

fã do freud? não. só mais a janete.

a relação analista-paciente é o que faz o negócio. é a alma do negócio. ela me conhece. é tudo interpretação.

quero ser psicanalista.

"... a humanidade deseja-se como é; e, dizia, constrói-se e constrói o seu mundo de acordo com tal desejo. Só que não acredita que, de fato, se tenha desejado como é."

"... o problema é que nós não desejamos o que queremos nem tampouco ficamos satisteitos de encontrar o que desejamos."

HERMANN, Fábio. O que é psicanálise?


eu gostaria de ter encontrado quem eu desejei em um dia diferente daquele.

sábado, 27 de agosto de 2005

anuncio o falso cognato

ANNOUNCEMENT PIECE I

Give death announcements each time you
move instead of giving announcements of
the change of address.
Send the same when you die

1962 Summer

ANNOUNCEMENT PIECE II

Give a moving announcement each time
you die.

1963 summer


ONO, Yoko. Do Grapefruit.1970.

sem lugar

muito bem. é assim.

da AOS E/A eu fui pro CEJB. do CEJB eu fui pro SMPW. do SMPW eu fui pra QSD.

da QSD eu vou pra onde?


estou pipocando de casa em casa.


em brasília não precisam palavras. bastam letras.

quarta-feira, 24 de agosto de 2005

para matar uma personagem é preciso coragem

era 3 de agosto...

Eu acordei no meio da noite como quem não quer nada e pus-me a chorar. Comecei a chorar como quem lembra de um pesadelo de há mais de 6 anos atrás. Um pesadelo onde uma personagem de apenas 6 anos de idade morria sufocada pela sua própria personalidade infantil e estéril. Um pesadelo como que ininterrupto, nos "acordares" e nos "dormires". Comecei a chorar como quem vê o pesadelo acabar sem porém se esquecer que o mesmo pesadelo foi também um sonhar.
.

sábado, 20 de agosto de 2005

rádio 69.0 F.M., onde a música é farta, venha cair de boca

(eu sou um hippie magrelo do cabelo amarelo, eu gosto é de cogumelo....)

.....................

(eu sou apenas um rapaz, latino-americano sem dinheiro no bolso...)

............................

(um céu que não tem tamanho e um arco-íris no ar...)

...............................

(the summer is magic, is magic, oh oh oh...)

.......................................

(que mexe com minha cabeça e me deixa assim.... )

....................................................

(and i swear that i don't have a gun....)

....................................................................



pq vale tudo.


Eu desejo o que não tenho.
Me machuco porque tenho.
Eu contrato pessoas para ser responsáveis
pelos meus próprios erros.
Os cotratos furados fui só eu que assinei.
Eu ensejo miríades de detalhes singelos.
Eu mastigo ilusões em forma de fantasias
no desenrolar dos meus dias.
A tristeza do vago
na beleza do incerto.
Bem-te vi me convocou cantando que ele me via.
À noite eu me revelei coruja, bem-te-vi dormia.
Respondi ao bem-te-vi em sonhos que eu já me ia.
Nossos tempos, éticas e gostos não se bastariam.

quarta-feira, 17 de agosto de 2005

terreiro

minha vó ouvia do terreiro de sua casa ... ouvia músicas...


era beraba.


"são jorge cavaleiro de deus
com sua espada de ouro defenda os filhos teus
saravá são jorge anjo de deus
pedra rolou pai xangô lá na pedreira
tenho o corpo fechado
xangô é o meu protetor
segura o ponto meu filho
pai de cabeça chegou
quem rola pedra na pedreira é xangô

avivou a coroa do zamba, avivou a coroa do zamba, avivou
quem rola pedra na pedreira
é xangô!"

essa é pra tirar todo o tipo de mau olhado já lançado.


saravá pros irmão!

é limpeza agora!

terça-feira, 16 de agosto de 2005

vamos cair no forró

"ÓIA QUISSO AQUI TÁ MUITO BOM, QUISSO AQUI TÁ BOM DEMAIS.
ÓIA QUEM TÁ FORA QUÉ ENTRÁ MAS QUEM TÁ DENTRO NÃO SAI!"


onde fica
o ponto do ônibus pra vargem bonita?

eu escrevo mal, errado e em linhas tortas.
mas não me tirem isso.

domingo, 14 de agosto de 2005

pra disfarçar o cheiro da merda

a anta: se você fizesse cinema você ia se dar muito bem em comédias.

patrícia presepada: porque? eu? comédia? tá louco?

a anta: não. você faz bem.

p.p.: faço bem o quê???

a anta: graça.




é porque eu sou uma palhaça.

quarta-feira, 10 de agosto de 2005

eu adoro brasília

existe sinuca de graça do c.a. da comunicação!


ufa!


"Mas não sou ninguém aqui. Não tenho rosto. Essa grande comunidade, toda vestida de sarja marrom, roubou minha identidade. Todas somos insensíveis, inamistosas. Procurarei por um rosto, um rosto bem delineado e monumental, e lhe conferirei onisciência, e o usarei sob meu vestido como um talismã, e então (prometo) encontrarei um pequeno vale numa floresta onde poderei espalhar meu sortimento de estranhos tesouros. Prometo isto a mim mesma. Assim, não terei de chorar."
WOOLF, Virginia. In.: As Ondas

segunda-feira, 8 de agosto de 2005

eu odeio brasília

Digo que agora não possuo mais amor algum.
Para possuir suponho "fora".
Não posso mais possuir amor nenhum.
Amor é dentro de mim.

Não possuo:sou.



"eu sou amor... eu sou amor... da cabeça aos pés...."



COMPLETAMENTE SÓ.

domingo, 31 de julho de 2005

não importa o lugar

escutando o joão e o filho.

gostoso no ouvido.

CINEMA CIDADE

Podia ser Berlim
Cidade fria
Podia ser Japão
Jardins de areia
Podia ser Pequim
Cidade cheia
Podia ser que não
Cidadezinha

Posso tentar a sorte
Em qualquer outro lugar
Se aqui não melhorar
Paris, Estocolmo, Zaragoza

Vejo um arranha-céu
E só penso em ser feliz
Tudo está por um triz
Nessa cidade

Cidade pra nascer
Cidade pra morar
Cidade pra viver
Cidade pra se amar

O mapa tatuado na sola dos pés
Às vezes distraído, às vezes de viés
Ando pela cidade
BOSCO, João
BOSCO, Francisco
no final das contas eu acabo voltando prum lugar que é meu.

sexta-feira, 29 de julho de 2005

CAMELOS TAMBÉM CHORAM

o filme é assim.

filmado nos planaltos desérticos da mongólia, produção alemã e com um dedo de um estúdio norteamericano qualquer.

e é lindo.

A LENDA DO CAMELO E DO VEADO DA MONGÓLIA


Deus criou o camelo e, em recompensa à sua bondade, deu-lhe um par de chifres enormes e belos. Certo dia o veado veio ao camelo e pediu-lhe os chifres emprestados, para poder ir participar de uma festa no oeste. O camelo, em sua bondade infinda, emprestou os chifres pro veado. Acontece então que o veado nunca mais devolveu os lindos chifres ao camelo. E, até hoje, o camelo olha fixamente para o horizonte, esperando a volta do veado, para poder reaver seus chifres.


O filme é lindo. Saí do cinema assim: EU QUERO TER UM CAMELO!!!!


Camelos também choram. Que coisa.

segunda-feira, 25 de julho de 2005

ode

Não quero, Cloe, teu amor, que me oprime
Porque me exige amor. Quero ser livre.

A 'sperança é um dever do sentimento.




Ricardo Reis

minha esperança verde me liberta e me aprisiona.
coisa de louco!

domingo, 24 de julho de 2005

horizonte sem razão

PÁRO
PENSO
DESABO
ADENTRO
EM MIM


Os caminhos se abrindo em torvelinhos
O vento embaraçando meus cabelos e meus neurônios
Meus olhos vacilam com a força do ar
Difícil enxergar
Os caminhos se abrindo e eu não querendo optar
Tristes torvelinhos
Sou eu com o meu eu sozinho
E os olhos a vacilar.

Que caminho irei tomar?


A geografia do lugar já parece transparecer.
Morros e ondulações, foram turbulências em evidência, num belo horizonte sem razão.
Planalto vasto e seco, calma chata na qual me perco.
Quem quer saber?

quarta-feira, 20 de julho de 2005

a tristeza de ontem, de hoje, de amanhã (normal!)

consultório, ontem:

obsessão.
obsessão.
obsessão.

e a sessão acaba.

consultório, hoje:

obsessão.
obsessão.
obsessão.

e a sessão acaba.

consultório, amanhã:

obsessão.
obsessão.
obsessão.


e a sessão não acaba.



quando será que vou olhar com outros olhos?

rosto no rosto é encantamento quase desfeito.

batmacumba-o-lê-lê
POST SCRIPTUM: EU TOU DE ALTAAAAAAAA........ UHUUUUUU....
(É O DESPERTAR DE UMA NOVA ERA... UMA ATÉ VELHA NOVA ERA....)

segunda-feira, 18 de julho de 2005

QUEM? EU?


me preocupar?

sábado, 16 de julho de 2005

my powerfull tiny broken wings

escutando os besouros no vinil

eu sou o pássaro preto

Blackbird singing in the dead of night
Take these broken wings and learn to fly
All your life
You were only waiting for this moment to arise.
Blackbird singing in the dead of night
Take these sunken eyes and learn to see
All your life
You were only waiting for this moment to be free.
Blackbird fly, Blackbird fly
Into the light of dark black night.
Blackbird fly, Blackbird fly
Into the light of dark black night.
Blackbird singing in the dead of night
Take these broken wings and learn to fly
All your life
You were only waiting for this moment to arise
You were only waiting for this moment to arise
You were only waiting for this moment to arise.

sexta-feira, 15 de julho de 2005

amor e magia

you will learn to lose everything

QUEBRANDO O FEITIÇO.

para se quebrar o feitiço é preciso uma dor cabulosa, que apunhala de cabo a rabo a ferida já aberta.

you may never have or hold a child

adaga lírio pentagrama LUA
fotografias sem materialidade
simbologia em exacerbação
palavras mágicas.
"como você mudou tanto em um só dia?"
para se quebrar o feitiço é preciso um choque entre as coisas que transcendem e as realidades reais.


you may never be or have a husband

zás e trás

segunda-feira, 11 de julho de 2005

os chineses são loucos

essa música chinesa é tema de um filme que nunca vi, Um visitante na montanha de gelo.

achei propícia para o momento. como a anta frisou, a parte do melão é realmente uma coisa de louco.

"A minha linda pátria fica aos pés da montanha do Paraíso
Quando saí de casa, era como um melão arrancado do pé
A garota que eu amava morava sob os choupos-brancos
Quando parti, ela ficou como um alaúde, pendurado na parede
O meloeiro está quebrado, mas os melões ainda são doces
Quando o alaudista voltar, o alaúde cantará outra vez
Quando me separei do meu amigo
Ele ficou como uma montanha de neve - numa avalanche, sumiu para sempre.

Ah, meu querido amigo
Jamais tornarei a ver o seu semblante poderoso ou o seu rosto generoso
Ah, meu querido amigo
Você nunca mais tornará a me ouvir tocar o alaúde, nunca me ouvirá cantar de novo"

que triste isso tudo. aquilo tudo. um monte de coisa.

domingo, 10 de julho de 2005

agora eu sou outra

a gente quando gosta a gente gosta e pronto. alguém me disse e é assim que é.

a gente só desgosta quando quer desgostar e aí é que complica. como desgostar, como querer desgostar se a gente gosta tanto?

pergunto-me se as pintas do meu rosto desaparecerão com o passar dos anos. espero que não. eu aprendi a gostar delas com o passar dos anos.

mudaram as estações. eu nasci no inverno. o inverno é aconchegante. alguém me disse e eu senti.

é lua nova agora.

p/ gostar de ouvir: CLAUDE DEBUSSY
p/ gostar de ver: ALBERGUE ESPANHOL

quinta-feira, 7 de julho de 2005

O SER LARANJADO

folheando o livro que escrevi pro meu tio há cerca de três anos atrás, encontrei uma pérola do grande H. M. Nippes, meu melhor amigo fofo. é incrível. estávamos nós a sós conversando de amores e dores, há cerca de três anos atrás, e então fumamos um baseado. incrível o q um baseado faz...

A CONSTRUÇÃO DE UM SER LARANJADO, uma intervenção de H. M. Nippes

A construção de um ser laranjado começa dos pés à cabeça.
Agora eu vejo as coxas
E agora eu vejo a bunda.
Eu vejo o pequeno peito,
os ombros curtos
e a cabeça grande.
E vejo os dreads laranjados.
Com DREADS LARANJADOS.
Termina com os olhos,
sem espelho,
sem alma.
Alguém não disse que os olhos são o espelho da alma?

(o ser laranjado
pode ser um mito, um herói,
uma paixão
de olhos verdes matas
e em fugazes brasas
de baixa pressão
de baixo pra cima.
nunca de cima pra baixo
e sempre mais um amor em rima.
e nunca de baixo pra cima.)


haha. bis: é incrível.

quarta-feira, 6 de julho de 2005

liberdade mesmo q tardia

78 dias de internação.
5 quilos a mais.
uma paixão superada e um amor revisitado pela milésima ducentésima sexagésima nona vez(doeeeeendo...).
reelaboração de vícios: que maconha que nada, minha onda agora é dominó.
um projeto de fita demo indo pra frente.
saudade imensa dos amigos.
conflitos internos vindo à tona cada vez mais.


quanto mais me analiso, mais perdida fico. mas descubro que ficar perdida não é tão mal assim.


um dilema: brasília ou bh? que rumo eu irei tomar?

que tal sampa?

"acho que gosto de são paulo, gosto de são joão... gosto de são francisco e são sebastião.
e eu gosto de meninos e meninaaaaaas.."

+ momento legião. ai, nostalgia.

domingo, 26 de junho de 2005

Não tem graça nenhuma

A música sempre muda
Nos sonhos, a moça de marcas de tinta no braço me tomava entre os braços.
SEMPRE MUDA.
O meu dente ciso está cariado.
SEMPRE MUDA.
Sinto falta do amor que nunca tive.
SEMPRE MUDA.
Todos os dias aproximadamente às uma e meia da tarde vem um beija-flor beijar as flores do canteiro em frente à janela da enfermagem.
SEMPRE MUDA.
Meus pés estão bronzeados com marquinhas de havaianas.
SEMPRE MUDA.
O meu irmão quer ir lavar privada em Londres.
SEMPRE MUDA.
Tenho raiva da maioria dos homens.
SEMPRE MUDA.
Tenho medo das mulheres.
SEMPRE MUDA.
Há uma distância imensa entre o meu falar e o meu fazer.
SEMPRE MUDA.
Não há distância alguma entre o meu escrever e o meu sentir.
SEMPRE MUDA.
Eu sou essencialmente tímida.
SEMPRE MUDA.
Festa de criança no McDonalds é um pé-no-saco.
SEMPRE MUDA.
O pôr-so-sol em Brasília tem um quê de incrível.
SEMPRE MUDA.
Ficar só também é bom.
SEMPRE MUDA.
Eu tenho o pé grande.
SEMPRE MUDA.
Eu sou essencialmente cinza.
SEMPRE MUDA.
A roupa dela era bonita.
SEMPRE MUDA.
Ela era bonita.
SEMPRE MUDA.
Ele usava camisa xadrez no dia em que o conheci.
SEMPRE MUDA.
Ela usava calças xadrez.
SEMPRE MUDA.
Um cachorro chamado Pepper me deixou uma cicatriz do lado da minha boca.
SEMPRE MUDA.
Eu tenho pintas na bunda.
SEMPRE MUDA.
Eu queria ter levantado pra ver o sol nascer com você.
SEMPRE MUDA.
Eu gostaria de nunca ter jogado sinuca com aquele libanês.
SEMPRE MUDA.
Rosquinhas Mabel é gostoso pacas.
SEMPRE MUDA.
Eu queria ter ficado em Londres.
SEMPRE MUDA.
Chorar é melhor que cheirar.
SEMPRE MUDA.
Água sanitária mancha roupas.
SEMPRE MUDA.
Tem gente que acredita em fadas.
SEMPRE MUDA.
Eu tomei chá de lírio certa vez e vi duendes.
SEMPRE MUDA.
Sentimentos são incontroláveis.
SEMPRE MUDA.
Pedro Pereira Pinto pediu passagem para Pirapora e partiu.
SEMPRE MUDA.
Não tem graça e dói.

sábado, 25 de junho de 2005

aquele eu que eu era.. aquele eu que ainda sou..

agora que as pedras já rolaram e eu percebo, do alto do morro, que na verdade a tristeza possuía outras motivações.
agora que eu sinto o gosto amargo da derrota por eu ter sido assim, eu mesma.

agora é que eu choro de verdade. pelos reais motivos. e não eram pedras.
(substituição de significantes! defesas inconscientes!)

O gosto do choro que sai escorrendo
Pelas minhas narinas e chega a minha boca
E passa pela minha garganta.
É o gosto da melancolia que desce pelo meu esôfago
E de tão denso e duro sai rasgando
Atrapalhando o meu coração de bater.
É a tristeza plena que cai pesada no meu estômago
E permanece profunda dentro das minhas profundezas.
Indigerível, eu a vomito.
É a minha dor que, de pura revolta, vem à tona
Irreconhecível, eu a disseco pelo olhar
Não sabendo distinguir ao certo
O que é falso, o que é verdadeiro.
É a minha angústia que não tem lugar.


a música que mais tem tocado em mim chama-se oceano de distância, a atual recém-nascida. as pessoas gostam, dizem, linda. (era ela linda mesmo...) . eu me sinto bem quando isso acontece, mas toda vez que toco essa me dá uma vontade sufocante de chorar, aquela antiga vontade de sumir. e ainda assim toco e toco e retoco e retoco (prova: eu sou mesmo masoquista). há muito eu não sentia algo assim, através de uma minha música. minha e não só minha.

a letra, aqui, um pedacinho de nada, pra que...
"deixar que os fatos sejam fatos naturalmente, sem que sejam forjados para acontecer..."

pan... panpanpanpan-panpan-pan... panpanpanpan-pan-pan-pan...
(..)
e eu nessa minha triste ilha deserta tentando bolar um jeito de construir uma jangada esperta
pra desbravar esse oceano enorme que meu desejo desperta
mais ai de mim! não sei velejar!
ai de mim! não sei velejar!
abraços não falariam, não falam... corações não falariam, não falam...
e-mails... (...)
eu queria (...)... só pra mim...







amor? é, realmente, sim, concordo, uma merda. e a gente ama, olha só.
(essa temática vai sempre vir a tona, eu sempre mudando minha opinião a respeito Dela)

segunda-feira, 20 de junho de 2005

é namoro ou amizade, lombardi?

Ricardo de Loureiro conversando com Lúcio...


"- É isto só: - disse - não posso ser amigo de ninguém... Não proteste... Eu não sou seu amigo. Nunca soube ter afectos, - já lhe contei - apenas ternuras. A amizade máxima, para mim, traduzir-se-ia unicamente pela maior ternura. E uma ternura traz sempre consigo um desejo caricioso: um desejo de beijar... de estreitar... Enfim: de possuir! Ora, eu, só depois de satisfazer os meus desejos, posso realmente sentir aquilo que os provocou. A verdade, por conseqüência, é que as minhas próprias ternuras, nuncas as senti, apenas as adivinhei. Para as sentir, isto é, para ser amigo de alguém (visto que em mim ternura equivale à amizade) forçoso me seria antes possuir quem eu estimasse, ou mulher ou homem."

SÁ CARNEIRO, Mário de. A Confissão de Lúcio.
(esta sou eu, sentada na esquina, a mesma esquina, seguindo a canção...)

domingo, 19 de junho de 2005

as respostas atrás de enormes portas

"é muito curioso...

eu tomo o veneno e fico esperando que você morra."

essa quem mandou (num exaustivo grupo de terapia) foi a janete, a doutora. alguém já me falou.

a vida é questão de escolhas. mas o que me deixa indignada é que nem sempre essas escolhas são conscientes. daí, como é que podem ser verdadeiramente escolhas?

inconscientemente eu faço o meu caminho.
novas portas se abrem. portas que não sei onde vão dar.

sábado, 18 de junho de 2005

metal contra as núvens, eu contra eu

Não sou escravo de ninguém
Ninguém senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.


(Eu gostaria de dizer que vivo mesmo sem saber. É o que resta.)

Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói.
Estes são dias desleais.
(Quando eu era criança eu queria ser criança para sempre.)
(...)
É a verdade o que assombra,
O descaso o que condena,
A estupidez o que destrói.
(Eu não acredito mais em amor. E não tem nada de mais nisso.)
(...)
-Tudo passa, tudo passará-
E a nossa estória não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas para contar.
E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer.
Não olhe para trás -
Apenas começamos.
O mundo começa agora -
Apenas começamos.

quarta-feira, 8 de junho de 2005

que nem cachorro em dia de mudança: perdidinha, perdidinha

"dizia ele estou indo pra brasíliaaaaaaa.... nesse país lugar melhor não há......."


acho q ele estava enganado. há sim lugar melhor.

(ai ai... nostalgia...)

eu tou com saudade da serra.... dai-me piedade!

ai que saudade da kombi do ézio! ai que saudade!

aqui é tudo muito plano. que chato.

sábado, 4 de junho de 2005

cortes mal-feitos

E eu agora tenho cicatrizes. Uma delas me dói à medida que faço determinado movimento. A enfermeira sem olhos verdes me disse que talvez seja porque o corte que deu origem à cicatriz atingiu algum tendão. Agora, independente de qualquer coisa, aquele movimento, aquele determinado movimento, sempre irá me doer. E a cicatriz sempre estará lá. E a cicatriz é só minha. E a dor é minha e só minha. Eterna.

Dor que me dói que me dá ódio.
Pra sempre.

quarta-feira, 25 de maio de 2005

TAMO Ainda NA ATIVIDADE

enfim, foram 36 dias de reclusão, e agora saí de liberdade provisória, com a condicional de não usar nenhuma substância que altere a atividade dos meus neurotransmissores (só o antidepressivo já receitado por profissional qualificada, a tal da bupropiona - a medicação, não a médcia...). amanhã volto pra minha clausura e saio sabe-se lá deus quando... aliás, sabe-se lá a psicóloga quando.

esse último mês foi algo de muito... calmo. sobrou tempo pra pensar, e, quanto mais penso, mais quero pensar. diferente. quanto mais busco resposta, mais me sinto longe dela. diferente.

estou com propósitos. isso é o mais diferente de tudo.

musiquinha (dedicada ao darlan, meu coleguinha de clausura, amou essa música e me pedia sempre pra tocar... )

A FLOR E A BORBOLETA

A suavidade da flor que não me deixa enganar.
Pois tudo, tudo no mundo, até amor,
Um dia há de se acabar.
Passo meus dedos por ela...
Seu rosa se faz macio.
A flor suave, tão bela
que já está por um fio.

Eu olho ela, eu colho ela, eu cheiro ela e jogo fora.
A flor que chora, a flor que seca, a mesma flor que já não é aquela.

Barbuletinha do mato, dança amarela no ar.
Vem linda, num sobressalto, a flor suave beijar.
Num simples piscar de olhos, põe-se a voar distante.
Pois tudo, tudo no mundo, não pára, segue adiante.

A barbuleta bela amarela que eu queria poder tocar.
Mas é selvagem e de mim foge.
Eu me contento em vê-la dançar...


estou me tornando fissurada por coisas lúdicas...

quinta-feira, 19 de maio de 2005

Aos que por aqui passam (ou "trotam"!!!!)

nossa TROTAMUNDUS está em férias.
recupera as boas energias para voltar em breve com suas palavras, seu mundo, sua filosofia.
enquanto isso a gente vai postando alguma coisa aqui.
coisa que poderá agradar ou não.
o objetivo não é apenas agradar. é distribuir palavras e sentimentos para o consumo de quem desejar...

dom noronha

(hoje vamos de Drummond: "Mãos Dadas")

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
Não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.

segunda-feira, 11 de abril de 2005

deus é sacana

a morte.
a morte por vezes me encanta soberbamente. em meus piores dias de depressão me imagino morta e tenho um orgasmo mental, uma paz interior que dá até gosto. isso devido ao meu ódio e mágoa em relação à vida.

mas bem, a morte por vezes me dói agonicamente. imagino os meus próximos em sua morte e desejo que eles vivam para sempre.

o ser humano é um bicho egoísta mesmo.
é triste, mas é a verdade. quem quer morrer, continua vivo; quem quer viver, morre.

essa música vai em homenagem póstuma à Márcio "On the Road" Duarte, que esperava muito da vida mas levou um pé na bunda dela. eu não o conhecia, mas sei que morreu aos 29 anos nessa madrugada, cheio dos sonhos por fazer. e vai em homenagem ao Pedro Santos Mundim, meu amigo virtual, que ama a vida muito mais do que eu... e que me faz muita falta...

BORN TO BE WILD (Words and music by Mars Bonfire)

Get your motor runnin'
Head out on the highway
Lookin' for adventure
And whatever comes our way
Yeah Darlin' go make it happen
Take the world in a love embrace
Fire all of your guns at once
And explode into space
I like smoke and lightning
Heavy metal thunder
Racin' with the wind
And the feelin' that I'm under
Yeah Darlin' go make it happen
Take the world in a love embrace
Fire all of your guns at once
And explode into space
Like a true nature's child
We were born, born to be wild
We can climb so high
I never wanna die
Born to be wild
Born to be wild
(ah, deus, deus, como eu sou selvagem... que vontade de sair
gritando por aí que eu quero ser feliz...)

sábado, 9 de abril de 2005

eu sou mais triste hoje

por mais que eu não queira: eu sou uma pessoa cheia de preconceitos.

"Ah, meu querido Lúcio, (...) como eu sinto a vitória de uma mulher admirável, estirada sobre um leito de rendas, olhando a sua carne toda nua... esplêndida... loura de álcool! A carne feminina - que apoteose! Se eu fosse mulher, nunca me deixaria possuir pela carne dos homens - tristonha, seca, amarela: sem brilho e sem luz... Sim! num entusiasmo espasmódico, sou todo admiração, todo ternura, pelas grandes debochadas que só emaranham os corpos de mármore com outros iguais aos seus - femininos também; arruivados, sumptuosos... E lembra-me então um desejo perdido de ser mulher - ao menos para isto: para que, num encantamento, pudesse olhar as minhas pernas nuas, muito brancas, a escoarem-se, frias, sob um lençol de linho..."

SÁ CARNEIRO, Mário de. A Confissão de Lúcio

tudo aquilo que não fiz, tudo aquilo que não falei. ribombando tudo aqui dentro, incomodando.
aquilo pouco que disse, aquilo pouco que fiz. ribombando tudo aqui dentro, incomodando.

sexta-feira, 8 de abril de 2005

não, eu nunca comi jambo

como de costume, estou suja.
suja de sangue.

estou passando mal das idéias.
vomitando palavras... ugh.......

essa noite eu sonhei com a casa de minha infância, e estava ela toda reformada. não a casa onde eu morava, mas a casa do vizinho, a casa com os jogos de bola e o terreno baldio do lado, com as cabaninhas de lona e pedaço de pau, com o menino que eu gostava, com os jogos de super nintendo, com o sorvete de abacaxi, com a "redação" do jornalzinho da rua, e os tesouros enterrados. e, que triste, não havia mais como desenterrar os tesouros...
crianças que corriam de um lado para o outro e eu corria atrás delas.
na minha casa havida cidadezinhas de lego. e pessoinhas de mentira.

a chamber full of secrets: my mind. not me, nor even I can reach the signs.

aquele abraço.

quinta-feira, 7 de abril de 2005

meu irmãozim do "ela pegou meu gatim..."

hoje é aniversário do meu irmão
Tancredo. 19 anos na cara.

um homenzinho, porque não adianta, ele é e vai ser baixinho.
eu desejo para ele alegrias de presente.
e aquilo tudo.

p.s.

há diferença significativa
entre acender o último cigarro do dia
e acender o último cigarro da vida?


pense.
alguém.

terça-feira, 5 de abril de 2005

SÁ CARNEIRO, Mário de.

"Ah! Lúcio, Lúcio! tenho medo - medo de soçobrar, de me extinguir no meu mundo interior, de desaparecer na vida, perdido nele...
E aí tem o assunto para uma de suas novelas: um homem que, à força de se concentrar, desaparecesse da vida - imigrado no seu mundo interior...
Não lhe digo eu? A maldita literatura."

SÁ CARNEIRO, Mário de. A Confissão de Lúcio.
vale a pena pelo seu final.
porque aí dá vontade de ler tudo de novo.

domingo, 3 de abril de 2005

sobra saudade

lembro-me bem.

"chico déga lavô a cara?"

canequinha branca esmaltada com leite com toddy e muito açúcar, com direito a bolhinhas de gordura.
o rádio vermelho ligado e tocando música caipira, é bem cedinho.

o fernando é um pau de...... bosta não!
chapéu preto e fusca branco. vamos de sansão pra escola hoje.

as batatinhas fritas são usufruto de todos, mas são dedicadas especialmente ao fernando.

(enquanto isso, minha vida está um nó-de-cachorro. mas não tem problema. eu tenho noronha no nome)

(fica na memória: irmão hermínio noronha?..... irmão hermínio noronha?..... irmão hermínio noronha?.....)

quarta-feira, 30 de março de 2005

QUADRINHA DO SEXO E DO AMOR

Se ela quer amar ele,
Ele talvez quer amar ela.
Mas se ela quer dar pra ele,
Claro que ele quer comer ela.

eu falo assim porque eu fumo maconha....

um dia eu acordei triste e acendi um baseado. não deu certo.

CENA 0,00033....

Cenário: C.A.His., esfumaçado, dez e cinqüenta e cinco da manhã

Maconheiro 1: Porra, mas tá osso mesmo, maior seca, só tá rolando beck ursinho puff...
Maconheira 1 (enquanto prensa): Beck ursinho puff???
Maconheiro 2: É, uai, aquele beck que você dichava e ele faz "PUFF", esfarela todo...
(risadas)
Maconheira 2: É, tou cansada de fumar couve...
Maconheiro 3: Ouvi dizer que é a maior seca dos últimos 30 anos... Nunca vi nada igual.
Maconheiro 1: E do jeito que lá invai, doidim, pode ir desistindo. Beck bom, do prensadão e curtido, nunca mais. Vai virar lenda. Vou chegar pro meu filhinho daqui a uns anos e dizer: "é, papai fumava do bom, filhinho, nem se comparava ao beck que você fuma. Era outro, o famoso beck borrachudo... "

(fumaças ao léu)

terça-feira, 29 de março de 2005

hoje eu gosto de deixar a luz acesa

o diário de paola pequena...
(que era o rosto da paloma...)

Era uma atração mais que sexual, mais que afetiva.
Era uma adoração descontrolada por ela.
No fundo, era então somente uma obsessão de cunho profundamente narcisista.
Ela se via ao espelho diante dela.


E ela nem a conhecia.

"What I wouldn't give to find a soulmate
Someone else to catch this drift
And what I wouldn't give to meet a kindred"

segunda-feira, 28 de março de 2005

it's only rock

é assim mesmo ki é



" (...)And if you listen very hard
The tune will come to you at last
When all are one and one is all
To be a rock and not to roll (...)"

so there lays a rock.


e eu teoricamente estou cagando e andando para os outros q também estão cagando e andando pra mim.
(teoricamente, vale frisar)
e o mais bizarro é q isso muitas vezes quer dizer q eu estou cagando e andando pra mim mesma. afinal de contas todos somos um e um é todos. e assim vai.

é muita bosta.
(acho q estou ficando fissurada nessa palavra. uma bosta...)

(não é rock and roll não, é outra coisa. valeu? tá valendo)








*310802
+131104



quarta-feira, 23 de março de 2005

HUXLEY, Aldous

"But Grace's desire was one of those desperate, hopeless desires that can only be assuaged by a kind of miracle. What she desired was nothing less than unite herself wholly with another being, to know him through and through and to be made free of all his secrets. Only the all but miraculous meeting of two equal loves, two equally confiding temperaments can bring fulfilment to that longing. There was no such meeting here."
HUXLEY, Aldous. In.: One or Three Graces

and then we said goodbye to each other.
and i miss him. not kingham, but him.
he who turned himself into a rock. who doesn't exist anymore.

terça-feira, 22 de março de 2005

between my fist and my pollyanna flower...

there wasn't a stone... there was an ackward rock.
"Kingham had said that the thing was unescapable; and if for him it was so, that was due to the need he perversely felt of giving himself over periodically to strong emotions, the need of being humiliated and humiliating, of suffering and making other people suffer. What he had always loved was the passion itself, not the women who were the cause or excuse of it. (...) After a certain amount of indulgence, the need was satisfied and he felt quite free to detach himself from the lover who had been dear to him only as the stimulator of his emotions, not for her own sake."
HUXLEY, Aldous. In.: Two or Three Graces

******************************************************************************

Between violence and silently seething
Between my fist and my pollyanna flower
Between "fuck you" to your face and it's alright
Between war and denial
(...)
What am I to do with all this burning?
(I'd like to hurt you but I'd never hurt you)
Do I overwhelm you in this place?
(I'd like to kill you but I'd never kill you)

alanis m.

segunda-feira, 21 de março de 2005

compara-se ao nada, isso!

é novamente: tormento.

porque abrir as pálpebras quando soa o despertador é tão complicado quanto querer fazer malabarismo com fogões.

porque levantar-me da cama é tão inconcebível quanto querer rebocar o cristo redentor.

porque minha vida está um caos assim como o universo inteiro.

e eu passei a manhã inteira na cama. de novo. com medo do mundo, me enfio em meus sonhos. e dessa vez não tem desculpa: é puro medo.

minha preguicite aguda está se tornando crônica.
doenças podem matar.

domingo, 20 de março de 2005

ESPANCA, Florbela

INCONSTÂNCIA

Florbela Espanca


Procurei o amor, que me mentiu.
Pedi à Vida mais do que ela dava;
Eterna sonhadora edificava
Meu castelo de luz que me caiu!

Tanto clarão nas trevas refulgiu,
E tanto beijo a boca me queimava!
E era o sol que os longes deslumbrava
Igual a tanto sol que me fugiu!

Passei a vida a amar e a esquecer...
Atrás do sol dum dia outro a aquecer
As brumas dos atalhos por onde ando...

E este amor que assim me vai fugindo
É igual a outro amor que vai surgindo
Que há de partir também... nem eu sei quando...

sexta-feira, 18 de março de 2005

a garganta só no sabugo...

fumo porque qui-lo.



e fumo quilos.

quarta-feira, 16 de março de 2005

troféu estúúúúúúúúpido..........

bem, hoje me informaram um fato que me deixou deliciada.

a questão é que estão organizando um troféu Estúúúúúúúúpido para alunos da FAFICH. aí, dentro disso, estipularam várias categorias, tipo, O Estupidamente Nerd, O Estupidamente Lênin, coisa do tipo. fiquei embasbacada ao saber que, mesmo meu nome não estando entre os supostos indicados para os troféus, eu levei um voto, na categoria O Estupidamente Picareta.

Deixa-me super honrada saber que minha condição resoluta de À toa tem se tornado mundialmente famosa nos corredores da fafich!

é treta, manooo!

é como diz a tetê, da ciências sociais, é nói na fita mano, os hippie no vinil e os boy no dvd!

terça-feira, 15 de março de 2005

LISPECTOR, Clarice

a felicidade é clandestina

eu adoro a clarice.
é incrível como a sua leitura, embora às vezes me dando vertigens, me preenche tanto e de maneira tão simbiótica, como que um assimilar inconsciente, uma marca que se dá sem se ver.

a trama da história é um concentrado de emoção.
a escrita é por vezes aparentemente ingênua, mas sublima.

"Quem nunca roubou não vai me entender. E quem nunca roubou rosas, então é que jamais poderá me entender. Eu, em pequena, roubava rosas. (...)
Começou assim. Numa das brincadeiras de 'essa casa é minha', paramos diante de uma que parecia um pequeno castelo. No fundo via-se o imenso pomar. E à frente em canteiros bem ajardinados, estavam plantadas as flores.
Bem, mas isolada no seu canteiro estava uma rosa apenas entrebaterta cor-de-rosa-vivo. Fiquei feito boba, olhando com adimiração aquela rosa altaneira que nem mulher feita ainda não era. E então aconteceu: do fundo de meu coração, eu queria aquela rosa para mim. Eu queria, ah como eu queria. E não havia jeito de obtê-la. (...) No meio do meu silêncio e do silêncio da rosa, havia o meu desejo de possuí-la como coisa só minha. Eu queria poder pegar nela. Queria cheirá-la até sentir a vista escura de tanta tonteira de perfume."

LISPECTOR, Clarice. CEM ANOS DE PERDÃO

segunda-feira, 14 de março de 2005

enquanto isso, no centro "acadêmico" de história...

tampo da mesa do c.a.his.

branco com sujeirezas aleatórias.

cinzas de cigarros mil.

cinzeiro de argila feito pelo luís há séculos..
mancha grudenta e arroxeada de vinho de antes de ontem, com um círculo quase perfeito que um copo passado deixou carimbado.


escrito em canetinha preta:
IT TAKES ME
BLOOD N' GUTS
TO BE
THIS COOL.
BUT STILL
I'M JUST
A CLICHE.
(anônimo)
....."se o meu filho nascer aleijado eu mato ele!" risada geral.
eu não ri.
e ainda assim é divertido passear por lá. rá rá rá. chamem-me do que quiser, ainda me divirto, porque me custa sangue e estômago ser tão bacana. (mas ainda assim sou apenas um clichê).
e é assim que são as pessoas. e é assim que são as coisas.

domingo, 13 de março de 2005

resultado

3 dias de desarranjo gastro-intestinal crônico

=

2,5 kg a menos na balança


é, há males que vêm para o bem.

sábado, 12 de março de 2005

em algum lugar de 2004

"Imagino você. Sua beleza meiga, seus olhos sorridentes. Queria seus olhos pra mim. Queria poder ter seus olhos comigo. Olho nos seus olhos e eles me olham. Tímida, olhares desviados.
Imagino você. Eu chego perto. Toco você, devagar, suavemente, quente. Minha mão no seu rosto. Quero um beijo. Busco um beijo. Tenho um beijo. Uma onda de calor e estranhamento que me toma toda. Beijo. Sua boca, meus lábios nos seus se perdem, não há palavras. Quero só o momento. Toque.
Imagino nós. Meus braços sobre seus ombros, minha mão arrastando-se pela sua nuca, meus dedos sentindo seus cabelos, minha boca em sua boca. Eu envolvendo você, você me envolvendo. Mãos passeiam pelos corpos. Quente, estou quente, você, eu, quente, me ame, logo, eu não agüento. Venha sobre mim. Venha em mim."

domingo, 6 de março de 2005

choro porque não quero chorar

a ferida não é recente mas dói ainda como uma novidade mórbida.

morri.
ainda não acharam o corpo.

como pode o mundo ser tão injusto e incoerente?

como pode eu ter essa vontade imensa de esmurrar com toda a minha força alguém que supostamente amo?

o mar ainda está revolto. e todas as embarcações sucumbiram. não há sobreviventes.

por fazer

TEM BEETHOVEN TOCANDO NO MEU FONE DE OUVIDO.

que lindo!

A coisa a se fazer. A coisa a se fazer é difícil. Porque é sempre difícil fazer. E não me venha dizer outra coisa.
E, enquanto a coisa não é feita, fico eu, sem feitio algum.
Fazer por fazer? Não! Fazer por prazer! Mas que difícil é sondar o prazer!

Nonada, como diria o Guimarães.

NONADA NONADA NONADA!!!


e fica tudo assim, por fazer.

quinta-feira, 3 de março de 2005

e dizem que a solidão...

"Mas os homens (os homens, quero dizer, os homens e as mulheres) casam-se por amor ou porque é costume? Em suma: nós amamo-nos do fundo da alma ou porque amar é um costume na nossa civilização?"

Augusto Abelaira, In.: BOLOR

porque às cópias de letras de música eu ainda prefiro mais belas as cópias de letras somente:
pois que as cópias de letras somente abrem alas para muitas e variadas melodias.



terça-feira, 1 de março de 2005

um dia nonada

experimente: passar o dia inteiro na cama, das sete da manhã às sete da tarde, mesmo tendo dormido profundamente a noite passada inteira.

é uma atitude de vencidos: eu estou vencida pela vida. prefiro ficar longe dela, andar pelos sonhos, pelo lugar nenhum do meu subconsciente. porque não tenho vontade de vida. e isso é uma bosta, mas é mais pura verdade.

tive um sonho ruim essa noite, meu bem.
eu sonhei com você.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2005

ABELAIRA, Augusto

"Já não sei estar sozinho (eis talvez o segredo deste diário: a tentativa de encher os momentos em que sou obrigado a estar sozinho)"

"Se estou numa cama com uma mulher, e não há palavras, é como se os sentidos estivessem rombos, só as palavras lhes dão posse absoluta, aguçam-nos, iluminam-nos. Se olho uma paisagem ou um quadro, se não acompanho esse olhar com alguns omentários, embora silenciosos, os sentidos serão cegos... Não: as palavras é que dão olhos aos sentidos"

Humberto, em seu diário
(Augusto Abelaira, In.: BOLOR)




O bom é copiar. Porque tudo que se cria é copiado de algo.

Tudo é copiado. Isso que escrevo é a cópia de um pensamento. Não é o pensamento em si.

Digo tudo isso em si bemol. Palavras. Mas, o meu pensamento, em si fica guardado.

(será que alguém vai escutar? a melodia...)

domingo, 27 de fevereiro de 2005

é alanis na vitrola e merda na cachola


"...And life has a funny way of helping you out when
You think everything's gone wrong and everything blows up
In your face"


então. porque tá tudo assim ó: explodindo na minha cara. e deu tudo errado.
e agora eu tou só esperando a vida me ajudar. mas a vida é irônica demais pra fazer isso depressinha e direitinho.

sábado, 26 de fevereiro de 2005

quem???

the only way out is through.....


"We could just walk away and hide our hands in the sand
We could just call it quits, only to start over again
With somebody else."

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005

AMORES VÃO (OU: AMORES VÃOS)

minha música mais recente.

sobre outra pessoa, para outra pessoa.

Eu estive a te amar amor mas só aqui que posso te chamar "amor".
Eu estive a me enganar pensando que amor não rimaria com dor (com dor rimou).
Não preciso nem mais pedir você já me deixou chorando meus lamentos (me anulou).

Descobri que a minha vida foi feita de engano durante alguns anos.

Descobri que a minha palavra era sim sincera mas não adiantou nada.

Eu sou o amor que você não quis conhecer.
Eu sou a dor que não se cansa de doer.

Guarde aí os meus segredos que eu guardo minhas mágoas e apago o meu desejo.
Não consigo, a sua lembrança ainda me cansa, ainda me atormenta (me dá licensa!)

Descobri que é preciso apagar da mente e tirar do coração.
Descobri que o meu riso se transforma em lágrima mas não acaba não.

Vou dando no pé, tomar meu café, olhar para frente.
Pra tudo há um jeito, eu não despeito, sou paciente.



estou triste, tão triste, que nada mais parece valer. mais triste que eu ainda não apareceu.
vou tomar o próximo avião que possui o céu como direção para tentar falar com deus e então
lhe dizer que fracassou.
seu projeto fracassou.


TRISTE COMO ALGUÉM QUE VÊ O FILHO MORRER.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2005

descobri q a minha vida foi feita de engano durante alguns anos

alanis morissette

you've been my golden best friend
now with post-demise at hand
I can't go to you for consolation
cause we're off limits during this transition
this grief overwhelms me
it burns in my stomach

and i can't stop bumping into things
i thought we'd be simple together
i thought we'd be happy together
thought we'd be limitless together
i thought we'd be precious together
but i was sadly mistaken
you've been my soulmate and then some
i remembered you the moment i met you
with you i knew god's face was handsome
with you i saw fun and expansion
this loss is numbing me
it pierces my chest
and i can't stop dropping everything
i thought we'd be sexy together
thought we'd be evolving together
i thought we'd have children together
i thought we'd be family together
but i was sadly mistaken
if i had a bill for all the philosophies i shared
if i had a penny for all the possibilities i presented
if i had a dime for every hand thrown up in the air
my wealth would render this no less severe
i thought we'd be genius together
i thought we'd be healing together
i thought we'd be growing together
thought we'd be adventurous togheter
but i was sadly mistaken
thought we'd be exploring together
thought we'd be inspired together
i thought we'd be flying together
thought we'd be on fire together
but i was sadly mistaken

domingo, 20 de fevereiro de 2005

mais além do fundo poço: no inferno...

nunca chorei tanto.

hoje é o dia mais triste da minha vida.

(e daqui a oito anos já não saberei porque tão triste foi. )

no fundo do poço

recebi a seguinte crítica musical:
"... acho q suas músicas seriam um sucesso para um público 'Sandy & Jr.' "

dura realidade hilária. parei no tempo há muito tempo.
estou sofrendo de downzite aguda. quem souber da cura, me contate.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005

tou voltando pra cidade grande

VANILLA SKY - o david é o tom cruize
"what is happyness for you, david? what do YOU want, david???"
"i want to live a real life. i don't want to dream anymore."


Quando eu era criança eu era feliz e acreditava em deus e até nos mais imaturos anos de minha longa adolescência eu costumava rezar insistentemente a ele, pedindo ou agradecendo, falando ou pensando, chorando ou sorrindo. E foram belos anos felizes aqueles.

Eu era feliz por acreditar nele ou por ser tão jovem e imatura? Por ser criança?


"uma coisa morna e ingênua que vai ficando no caminho..."
(...) o passado me trás uma lembrança do tempo em que eu era criança... e o medo era motivo de choro. desculpa para um abraço ou um consolo..." CAZUZA