domingo, 6 de março de 2005

choro porque não quero chorar

a ferida não é recente mas dói ainda como uma novidade mórbida.

morri.
ainda não acharam o corpo.

como pode o mundo ser tão injusto e incoerente?

como pode eu ter essa vontade imensa de esmurrar com toda a minha força alguém que supostamente amo?

o mar ainda está revolto. e todas as embarcações sucumbiram. não há sobreviventes.

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