quarta-feira, 30 de março de 2005

QUADRINHA DO SEXO E DO AMOR

Se ela quer amar ele,
Ele talvez quer amar ela.
Mas se ela quer dar pra ele,
Claro que ele quer comer ela.

eu falo assim porque eu fumo maconha....

um dia eu acordei triste e acendi um baseado. não deu certo.

CENA 0,00033....

Cenário: C.A.His., esfumaçado, dez e cinqüenta e cinco da manhã

Maconheiro 1: Porra, mas tá osso mesmo, maior seca, só tá rolando beck ursinho puff...
Maconheira 1 (enquanto prensa): Beck ursinho puff???
Maconheiro 2: É, uai, aquele beck que você dichava e ele faz "PUFF", esfarela todo...
(risadas)
Maconheira 2: É, tou cansada de fumar couve...
Maconheiro 3: Ouvi dizer que é a maior seca dos últimos 30 anos... Nunca vi nada igual.
Maconheiro 1: E do jeito que lá invai, doidim, pode ir desistindo. Beck bom, do prensadão e curtido, nunca mais. Vai virar lenda. Vou chegar pro meu filhinho daqui a uns anos e dizer: "é, papai fumava do bom, filhinho, nem se comparava ao beck que você fuma. Era outro, o famoso beck borrachudo... "

(fumaças ao léu)

terça-feira, 29 de março de 2005

hoje eu gosto de deixar a luz acesa

o diário de paola pequena...
(que era o rosto da paloma...)

Era uma atração mais que sexual, mais que afetiva.
Era uma adoração descontrolada por ela.
No fundo, era então somente uma obsessão de cunho profundamente narcisista.
Ela se via ao espelho diante dela.


E ela nem a conhecia.

"What I wouldn't give to find a soulmate
Someone else to catch this drift
And what I wouldn't give to meet a kindred"

segunda-feira, 28 de março de 2005

it's only rock

é assim mesmo ki é



" (...)And if you listen very hard
The tune will come to you at last
When all are one and one is all
To be a rock and not to roll (...)"

so there lays a rock.


e eu teoricamente estou cagando e andando para os outros q também estão cagando e andando pra mim.
(teoricamente, vale frisar)
e o mais bizarro é q isso muitas vezes quer dizer q eu estou cagando e andando pra mim mesma. afinal de contas todos somos um e um é todos. e assim vai.

é muita bosta.
(acho q estou ficando fissurada nessa palavra. uma bosta...)

(não é rock and roll não, é outra coisa. valeu? tá valendo)








*310802
+131104



quarta-feira, 23 de março de 2005

HUXLEY, Aldous

"But Grace's desire was one of those desperate, hopeless desires that can only be assuaged by a kind of miracle. What she desired was nothing less than unite herself wholly with another being, to know him through and through and to be made free of all his secrets. Only the all but miraculous meeting of two equal loves, two equally confiding temperaments can bring fulfilment to that longing. There was no such meeting here."
HUXLEY, Aldous. In.: One or Three Graces

and then we said goodbye to each other.
and i miss him. not kingham, but him.
he who turned himself into a rock. who doesn't exist anymore.

terça-feira, 22 de março de 2005

between my fist and my pollyanna flower...

there wasn't a stone... there was an ackward rock.
"Kingham had said that the thing was unescapable; and if for him it was so, that was due to the need he perversely felt of giving himself over periodically to strong emotions, the need of being humiliated and humiliating, of suffering and making other people suffer. What he had always loved was the passion itself, not the women who were the cause or excuse of it. (...) After a certain amount of indulgence, the need was satisfied and he felt quite free to detach himself from the lover who had been dear to him only as the stimulator of his emotions, not for her own sake."
HUXLEY, Aldous. In.: Two or Three Graces

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Between violence and silently seething
Between my fist and my pollyanna flower
Between "fuck you" to your face and it's alright
Between war and denial
(...)
What am I to do with all this burning?
(I'd like to hurt you but I'd never hurt you)
Do I overwhelm you in this place?
(I'd like to kill you but I'd never kill you)

alanis m.

segunda-feira, 21 de março de 2005

compara-se ao nada, isso!

é novamente: tormento.

porque abrir as pálpebras quando soa o despertador é tão complicado quanto querer fazer malabarismo com fogões.

porque levantar-me da cama é tão inconcebível quanto querer rebocar o cristo redentor.

porque minha vida está um caos assim como o universo inteiro.

e eu passei a manhã inteira na cama. de novo. com medo do mundo, me enfio em meus sonhos. e dessa vez não tem desculpa: é puro medo.

minha preguicite aguda está se tornando crônica.
doenças podem matar.

domingo, 20 de março de 2005

ESPANCA, Florbela

INCONSTÂNCIA

Florbela Espanca


Procurei o amor, que me mentiu.
Pedi à Vida mais do que ela dava;
Eterna sonhadora edificava
Meu castelo de luz que me caiu!

Tanto clarão nas trevas refulgiu,
E tanto beijo a boca me queimava!
E era o sol que os longes deslumbrava
Igual a tanto sol que me fugiu!

Passei a vida a amar e a esquecer...
Atrás do sol dum dia outro a aquecer
As brumas dos atalhos por onde ando...

E este amor que assim me vai fugindo
É igual a outro amor que vai surgindo
Que há de partir também... nem eu sei quando...

sexta-feira, 18 de março de 2005

a garganta só no sabugo...

fumo porque qui-lo.



e fumo quilos.

quarta-feira, 16 de março de 2005

troféu estúúúúúúúúpido..........

bem, hoje me informaram um fato que me deixou deliciada.

a questão é que estão organizando um troféu Estúúúúúúúúpido para alunos da FAFICH. aí, dentro disso, estipularam várias categorias, tipo, O Estupidamente Nerd, O Estupidamente Lênin, coisa do tipo. fiquei embasbacada ao saber que, mesmo meu nome não estando entre os supostos indicados para os troféus, eu levei um voto, na categoria O Estupidamente Picareta.

Deixa-me super honrada saber que minha condição resoluta de À toa tem se tornado mundialmente famosa nos corredores da fafich!

é treta, manooo!

é como diz a tetê, da ciências sociais, é nói na fita mano, os hippie no vinil e os boy no dvd!

terça-feira, 15 de março de 2005

LISPECTOR, Clarice

a felicidade é clandestina

eu adoro a clarice.
é incrível como a sua leitura, embora às vezes me dando vertigens, me preenche tanto e de maneira tão simbiótica, como que um assimilar inconsciente, uma marca que se dá sem se ver.

a trama da história é um concentrado de emoção.
a escrita é por vezes aparentemente ingênua, mas sublima.

"Quem nunca roubou não vai me entender. E quem nunca roubou rosas, então é que jamais poderá me entender. Eu, em pequena, roubava rosas. (...)
Começou assim. Numa das brincadeiras de 'essa casa é minha', paramos diante de uma que parecia um pequeno castelo. No fundo via-se o imenso pomar. E à frente em canteiros bem ajardinados, estavam plantadas as flores.
Bem, mas isolada no seu canteiro estava uma rosa apenas entrebaterta cor-de-rosa-vivo. Fiquei feito boba, olhando com adimiração aquela rosa altaneira que nem mulher feita ainda não era. E então aconteceu: do fundo de meu coração, eu queria aquela rosa para mim. Eu queria, ah como eu queria. E não havia jeito de obtê-la. (...) No meio do meu silêncio e do silêncio da rosa, havia o meu desejo de possuí-la como coisa só minha. Eu queria poder pegar nela. Queria cheirá-la até sentir a vista escura de tanta tonteira de perfume."

LISPECTOR, Clarice. CEM ANOS DE PERDÃO

segunda-feira, 14 de março de 2005

enquanto isso, no centro "acadêmico" de história...

tampo da mesa do c.a.his.

branco com sujeirezas aleatórias.

cinzas de cigarros mil.

cinzeiro de argila feito pelo luís há séculos..
mancha grudenta e arroxeada de vinho de antes de ontem, com um círculo quase perfeito que um copo passado deixou carimbado.


escrito em canetinha preta:
IT TAKES ME
BLOOD N' GUTS
TO BE
THIS COOL.
BUT STILL
I'M JUST
A CLICHE.
(anônimo)
....."se o meu filho nascer aleijado eu mato ele!" risada geral.
eu não ri.
e ainda assim é divertido passear por lá. rá rá rá. chamem-me do que quiser, ainda me divirto, porque me custa sangue e estômago ser tão bacana. (mas ainda assim sou apenas um clichê).
e é assim que são as pessoas. e é assim que são as coisas.

domingo, 13 de março de 2005

resultado

3 dias de desarranjo gastro-intestinal crônico

=

2,5 kg a menos na balança


é, há males que vêm para o bem.

sábado, 12 de março de 2005

em algum lugar de 2004

"Imagino você. Sua beleza meiga, seus olhos sorridentes. Queria seus olhos pra mim. Queria poder ter seus olhos comigo. Olho nos seus olhos e eles me olham. Tímida, olhares desviados.
Imagino você. Eu chego perto. Toco você, devagar, suavemente, quente. Minha mão no seu rosto. Quero um beijo. Busco um beijo. Tenho um beijo. Uma onda de calor e estranhamento que me toma toda. Beijo. Sua boca, meus lábios nos seus se perdem, não há palavras. Quero só o momento. Toque.
Imagino nós. Meus braços sobre seus ombros, minha mão arrastando-se pela sua nuca, meus dedos sentindo seus cabelos, minha boca em sua boca. Eu envolvendo você, você me envolvendo. Mãos passeiam pelos corpos. Quente, estou quente, você, eu, quente, me ame, logo, eu não agüento. Venha sobre mim. Venha em mim."

domingo, 6 de março de 2005

choro porque não quero chorar

a ferida não é recente mas dói ainda como uma novidade mórbida.

morri.
ainda não acharam o corpo.

como pode o mundo ser tão injusto e incoerente?

como pode eu ter essa vontade imensa de esmurrar com toda a minha força alguém que supostamente amo?

o mar ainda está revolto. e todas as embarcações sucumbiram. não há sobreviventes.

por fazer

TEM BEETHOVEN TOCANDO NO MEU FONE DE OUVIDO.

que lindo!

A coisa a se fazer. A coisa a se fazer é difícil. Porque é sempre difícil fazer. E não me venha dizer outra coisa.
E, enquanto a coisa não é feita, fico eu, sem feitio algum.
Fazer por fazer? Não! Fazer por prazer! Mas que difícil é sondar o prazer!

Nonada, como diria o Guimarães.

NONADA NONADA NONADA!!!


e fica tudo assim, por fazer.

quinta-feira, 3 de março de 2005

e dizem que a solidão...

"Mas os homens (os homens, quero dizer, os homens e as mulheres) casam-se por amor ou porque é costume? Em suma: nós amamo-nos do fundo da alma ou porque amar é um costume na nossa civilização?"

Augusto Abelaira, In.: BOLOR

porque às cópias de letras de música eu ainda prefiro mais belas as cópias de letras somente:
pois que as cópias de letras somente abrem alas para muitas e variadas melodias.



terça-feira, 1 de março de 2005

um dia nonada

experimente: passar o dia inteiro na cama, das sete da manhã às sete da tarde, mesmo tendo dormido profundamente a noite passada inteira.

é uma atitude de vencidos: eu estou vencida pela vida. prefiro ficar longe dela, andar pelos sonhos, pelo lugar nenhum do meu subconsciente. porque não tenho vontade de vida. e isso é uma bosta, mas é mais pura verdade.

tive um sonho ruim essa noite, meu bem.
eu sonhei com você.