terça-feira, 29 de dezembro de 2009

no bar em taguá

Quando encontro com as idéias do meu tempo
Os rockeiros de barba e os manos com o som nos dentes
Os panos se abrindo com as garrafas de cerveja
E as idéias do underground rosnando em guitarras
Tenho vontade de gemer de alegria
E sugo os sabores da noite urbana
Com os radares ligados: o inimigo não chega aqui vivo
E se chegar puxamos a cadeira e o bicho se senta
Não importa se o desafio é perdido:
As esquinas trazem o consolo dos brothers
Somos selvagens de calças jeans
E temos todos os futuros pela frente.

domingo, 6 de dezembro de 2009

elocubrações filosofais

A morte é a passagem para a ausência de tempo. Quando nascemos, é como o tempo que nos tornamos mulheres, homens, seres. Nos percebemos. Somos e convidamos o pensamento a trotar por terrenos diversos. Somos dentro do tempo e através do espaço.
Quando morremos, saímos do tempo e adentramos a realidade turbilhônica e estática do instantâneo.
Sim, é o tempo que nos traz a vida e ela em nós cultiva. Quando ele nos abandona, somos tragados pelo mistério da morte.
Bendito e maldito tempo, que tudo nos dá e facilmente nos tira tudo.
(...)
Sim. Eis me viva como o vento que sopra sua respiração deliquescida. Milagre do encontro com o além de mim que a mim convida: sinta, a brisa nos traz frescor, ela alivia os terremotos. É o descer do dia trazendo o seu bafo frio.
O fim da vida é como o fim do dia: fogo que se apaga sem quê nem qual.
(...)
Sim. Sim. Estou mais próxima de tudo. Próxima de meu escuro ensurdecedor.
Limitude. Eis minha verdade dolorosa, avassaladora como a morte...
(...)
Nem deus conseguiria me dar o tudo.

in.: cartas p/ clarice

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

sobre a vida e a morte

10-10-09


Diálogo com Rick


“A gente vem sem saber por quê

E a gente vai sem saber pra onde”