segunda-feira, 28 de fevereiro de 2005

ABELAIRA, Augusto

"Já não sei estar sozinho (eis talvez o segredo deste diário: a tentativa de encher os momentos em que sou obrigado a estar sozinho)"

"Se estou numa cama com uma mulher, e não há palavras, é como se os sentidos estivessem rombos, só as palavras lhes dão posse absoluta, aguçam-nos, iluminam-nos. Se olho uma paisagem ou um quadro, se não acompanho esse olhar com alguns omentários, embora silenciosos, os sentidos serão cegos... Não: as palavras é que dão olhos aos sentidos"

Humberto, em seu diário
(Augusto Abelaira, In.: BOLOR)




O bom é copiar. Porque tudo que se cria é copiado de algo.

Tudo é copiado. Isso que escrevo é a cópia de um pensamento. Não é o pensamento em si.

Digo tudo isso em si bemol. Palavras. Mas, o meu pensamento, em si fica guardado.

(será que alguém vai escutar? a melodia...)

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