segunda-feira, 11 de abril de 2005

deus é sacana

a morte.
a morte por vezes me encanta soberbamente. em meus piores dias de depressão me imagino morta e tenho um orgasmo mental, uma paz interior que dá até gosto. isso devido ao meu ódio e mágoa em relação à vida.

mas bem, a morte por vezes me dói agonicamente. imagino os meus próximos em sua morte e desejo que eles vivam para sempre.

o ser humano é um bicho egoísta mesmo.
é triste, mas é a verdade. quem quer morrer, continua vivo; quem quer viver, morre.

essa música vai em homenagem póstuma à Márcio "On the Road" Duarte, que esperava muito da vida mas levou um pé na bunda dela. eu não o conhecia, mas sei que morreu aos 29 anos nessa madrugada, cheio dos sonhos por fazer. e vai em homenagem ao Pedro Santos Mundim, meu amigo virtual, que ama a vida muito mais do que eu... e que me faz muita falta...

BORN TO BE WILD (Words and music by Mars Bonfire)

Get your motor runnin'
Head out on the highway
Lookin' for adventure
And whatever comes our way
Yeah Darlin' go make it happen
Take the world in a love embrace
Fire all of your guns at once
And explode into space
I like smoke and lightning
Heavy metal thunder
Racin' with the wind
And the feelin' that I'm under
Yeah Darlin' go make it happen
Take the world in a love embrace
Fire all of your guns at once
And explode into space
Like a true nature's child
We were born, born to be wild
We can climb so high
I never wanna die
Born to be wild
Born to be wild
(ah, deus, deus, como eu sou selvagem... que vontade de sair
gritando por aí que eu quero ser feliz...)

sábado, 9 de abril de 2005

eu sou mais triste hoje

por mais que eu não queira: eu sou uma pessoa cheia de preconceitos.

"Ah, meu querido Lúcio, (...) como eu sinto a vitória de uma mulher admirável, estirada sobre um leito de rendas, olhando a sua carne toda nua... esplêndida... loura de álcool! A carne feminina - que apoteose! Se eu fosse mulher, nunca me deixaria possuir pela carne dos homens - tristonha, seca, amarela: sem brilho e sem luz... Sim! num entusiasmo espasmódico, sou todo admiração, todo ternura, pelas grandes debochadas que só emaranham os corpos de mármore com outros iguais aos seus - femininos também; arruivados, sumptuosos... E lembra-me então um desejo perdido de ser mulher - ao menos para isto: para que, num encantamento, pudesse olhar as minhas pernas nuas, muito brancas, a escoarem-se, frias, sob um lençol de linho..."

SÁ CARNEIRO, Mário de. A Confissão de Lúcio

tudo aquilo que não fiz, tudo aquilo que não falei. ribombando tudo aqui dentro, incomodando.
aquilo pouco que disse, aquilo pouco que fiz. ribombando tudo aqui dentro, incomodando.

sexta-feira, 8 de abril de 2005

não, eu nunca comi jambo

como de costume, estou suja.
suja de sangue.

estou passando mal das idéias.
vomitando palavras... ugh.......

essa noite eu sonhei com a casa de minha infância, e estava ela toda reformada. não a casa onde eu morava, mas a casa do vizinho, a casa com os jogos de bola e o terreno baldio do lado, com as cabaninhas de lona e pedaço de pau, com o menino que eu gostava, com os jogos de super nintendo, com o sorvete de abacaxi, com a "redação" do jornalzinho da rua, e os tesouros enterrados. e, que triste, não havia mais como desenterrar os tesouros...
crianças que corriam de um lado para o outro e eu corria atrás delas.
na minha casa havida cidadezinhas de lego. e pessoinhas de mentira.

a chamber full of secrets: my mind. not me, nor even I can reach the signs.

aquele abraço.

quinta-feira, 7 de abril de 2005

meu irmãozim do "ela pegou meu gatim..."

hoje é aniversário do meu irmão
Tancredo. 19 anos na cara.

um homenzinho, porque não adianta, ele é e vai ser baixinho.
eu desejo para ele alegrias de presente.
e aquilo tudo.

p.s.

há diferença significativa
entre acender o último cigarro do dia
e acender o último cigarro da vida?


pense.
alguém.

terça-feira, 5 de abril de 2005

SÁ CARNEIRO, Mário de.

"Ah! Lúcio, Lúcio! tenho medo - medo de soçobrar, de me extinguir no meu mundo interior, de desaparecer na vida, perdido nele...
E aí tem o assunto para uma de suas novelas: um homem que, à força de se concentrar, desaparecesse da vida - imigrado no seu mundo interior...
Não lhe digo eu? A maldita literatura."

SÁ CARNEIRO, Mário de. A Confissão de Lúcio.
vale a pena pelo seu final.
porque aí dá vontade de ler tudo de novo.

domingo, 3 de abril de 2005

sobra saudade

lembro-me bem.

"chico déga lavô a cara?"

canequinha branca esmaltada com leite com toddy e muito açúcar, com direito a bolhinhas de gordura.
o rádio vermelho ligado e tocando música caipira, é bem cedinho.

o fernando é um pau de...... bosta não!
chapéu preto e fusca branco. vamos de sansão pra escola hoje.

as batatinhas fritas são usufruto de todos, mas são dedicadas especialmente ao fernando.

(enquanto isso, minha vida está um nó-de-cachorro. mas não tem problema. eu tenho noronha no nome)

(fica na memória: irmão hermínio noronha?..... irmão hermínio noronha?..... irmão hermínio noronha?.....)