sexta-feira, 20 de maio de 2011

segunda-feira, 16 de maio de 2011

eu que me amo assim só

Ah! Amigo! Que os dias venham e a solidão não deixe que eu me abandone à tristeza profunda de não ter alguém para amar! A solidão deve ser meu norte, não posso lutar contra esse fluxo que me leva! Cá eu outra vez recorrendo às linhas para expressar meu eu solitário nessa sala onde trabalho, papéis sobre a mesa, sonhos despedaçados dentro da cabeça, a vida crua, assalariada, os medos sendo justificados a todo momento, ah! A solidão na minha escrita, no meu cotidiano, nos beijos meus que não existem, nas flores que não enviei, ah, a solidão dos meus segredos não revelados nem a mim mesma, a solidão de meu corpo desértico, devastado pela falta, ah, a minha solidão cheia de orações desesperadas, a solidão de minha morte, a solidão de minha juventude, a solidão, minha, minha, e só

minha.


in.: cartas p/ hugh link, 09-02-11

sábado, 14 de maio de 2011

cortantes

Onde os seres se perdem?
No interlúdio, entre a dor e o egoísmo.
Nos subterfúgios de nossos cinismos.
Onde os indivíduos se sujam?
Onde a maldade surge
E a covardia assola.
Onde os eus se degolam?
Dentro da imundícia
Da poesia insone, mal-fadada,
E bem quista por isso mesmo.
Poesia minha em que me mato.

in.: os cadernos para mim mesma, 14-05-11

quinta-feira, 5 de maio de 2011

sobre o perdão

" 'Servo mau, perdoei toda a tua dívida, porque mo tinhas suplicado. Não devias, também tu, compadecer-te do teu companheiro, como eu mesmo me compadecera de ti?' E, cheio de cólera, seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos tratará meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão do fundo do coração."

in.: Evangelho segundo São Mateus, cap. 18, vers. 32-35

segunda-feira, 2 de maio de 2011