quinta-feira, 14 de setembro de 2006

eu odeio ano eleitoral. como se não bastasse a desesperança completa perante os candidatos à disposição, ainda tenho q aturar horário político e planfletagem nas ruas. é só chegar na unb pela manhã q lá estão eles, dezenas deles, com seus panfletos eleitoreiros querendo me empurrar nomes e números.

já é comumente sabido: a democracia é um projeto falido. esse negócio de tratar os iguais de maneira igualitária e os diferentes de maneira diferenciada é uma destituição de realidade. ideologia mais falida do que o socialismo. sempre haverão ricos e pobres, e sempre haverá manipulação de informação, e sempre haverá injustiças. rico não vai pra cadeia, pobre passa fome. tem mutreta no congresso, tem crime na periferia.

como eu odeio brasília.

enquanto isso, continuamos com nossos confortos reais, nós, os privilegiados, a mínima porção desse país predominantemente pobre. continuamos indo ao cinemark e comendo no mcdonald's (pq sim, eu adoro, q posso fazer?). o mais triste é notar q não posso fazer nada: o brasil continua um dos países mais corruptos do mundo. e eu nunca vou ser deputada federal, pq eu não votaria nem em mim mesma. o poder corrompe fácil.

é como eu digo: é a vida, fazer o q? ontem eu dei 30 centavos pra uma mulher com um bebê na rodoviária. vou fazer o q? é o máximo q posso, e não é nada.

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