terça-feira, 14 de setembro de 2010

o abade e os mouros

Ah. São novamente tempos de indefinição. Há um abade sentado num camelo: cruzam o deserto com mouros liderando. Parecem ir para o abate, mas vão para a guerra. Em seus rostos há medo e sangue: a tensão agarra os músculos de seus pescoços. Não há vento: o calor é o inferno mas acima dos olhos há a imensidão do céu.

Lá vai o abade. Em seu peito pende uma cruz. Os mouros cingem espadas. São todos homens e todos têm um quê em comum. Ali se encontraram.

Aqui se despedem para todo o sempre.



in.: cartas p/ badu

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