sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A CACHOEIRA

(...) A cachoeira canta pra mim hinos de sagrada beleza aquosa.
(...) Deixo que os sonhos toquem sua harmonia caótica, que ecoem com sua sede de real dentro do meu coração que deseja. Estou natureza como se residisse nas pedras e comesse oxigênio. A vida ao meu reduor deslumbrante me sorri plena de si: o vento me refresca as costas e eu sonho a realidade enigmática da terra que me abraça mãe sem tréguas. Ali logo a frente a cachoeira se presentifica: há pessoas nadando, uma criança grita de alegria quando sente a areia tocando seus pés. A formiga perdida aqui do lado dá voltas pela pedra que continua contando suas inúmeras estórias.
Assim a pedra sonha e eu reverbero meus sonhos nela.

in.: Os Cadernos de Viagens, Pirenópolis
11-12-10

Nenhum comentário: