quarta-feira, 28 de outubro de 2009

cartas p/ g. branquinho

Eu me leio tropeçando feio já aos 26 anos de idade, a casa vazia, os olhos vacilantes, a solidão cavalar: troto sozinha os mundos que sem perceber invento. E tem sido ventos de esfriar as lágrimas, terrenos acidentados, tepidez desértica arrebatando a alma. Aprendo na marra: meus dias são só meus, carrego-os nos ombros, estou sonora pois choro os rios que em mim deságuam: anos e anos de humanidade acumulada latejando no meu sangue que nesse momento vive.

Sim, eis o meu sangue que vive vermelho e que morre logo ali, como se simples assim fosse.

Mas não é. E infinitas idéias vivem no meu sangue que pulsa através do tempo.

Estou

ficando

louca

com tantas idéias.

Não que seja verdade que eu realmente esteja mentalmente lesada, mas sim, estou enlouquecida. Não me caibo em mim, mais do que nunca tomada por minhas fraquezas e sustentada pelos meus sonhos vagos.




2 comentários:

dom noronha disse...

por mais sozinha que os sonhos e pensamentos a levem a pensar que sim, estou aqui. com saudade do abraço e de ter você no colo, dormindo e conduzindo outros sonhos.
não, você não está só.
estou aqui.

Gabriela Maria disse...

Estamos aqui. Solidões se fazem boas companhias. ;)