segunda-feira, 9 de março de 2009

carta para o artesão dos olhos encantados com estórias de pescador

Mas olhe, pesco as palavras, é um negócio de sorte ou azar, esse pescar. Lógico que se deve ter em mente a logística do rio, das águas, dos barrancos, sim, conhecimentos de pescador. Mas pescar também é sorte que eu sei. Como tirar da cartola alguma coisa: você não sabe se será esperança ou destruição, mas você pesca alguma mágica quando se põe a escrever contando com a sorte.

É certo que, depois de se pescar, é necessário preparar o peixe. Da mesma forma a escrita. A gente rabisca, muda de lugar, acrescenta. No fim tem um bom peixe empanado.

Aí você come. Aí você caga e a bosta volta pra terra. E pronto, a história nunca termina.

Por isso que temos que parar por agora.


17/02/09

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