terça-feira, 12 de agosto de 2008

carta p/ meu mestre filósofo professor sitiado barbudo de lá ...

A Universidade toma meus tempos: adoro viver o campus e seus gramados, árvores, caminhos, bancos. Confesso que já não sou a aluna exemplar que um dia fui, e faço o meu mínimo com ares exaustos. Gosto mais é dos bastidores, a academia não me apraz. Já não penso mais em mestrados, só quero aproveitar o conhecimento que a convivência dentro de um ambiente universitário me proporciona. A vida é imensa, não cabe em livros ou em salas de aula. Quero devorar o mundo, mas sei bem que posso queimar meus lábios nessa audaz tentativa. De qualquer forma, cá eu, sem diploma e com verdades transitórias a tira-colo.

E digo-te: a transitoriedade nos trespassa. E nós com a velha vontade de segurar os momentos... Ah, como dói a saudade de outrora!
Mas, eia, na saudade o outrora cavalga e toma forma. Não resta nada, no final das contas: só o "eu" e suas lembranças sem conta.
Viver é uma lição trabalhosa. Mas a gente vai pegando "as manha", sacumé? A gente acaba por calejar e aprender a dinâmica de si mesmo.

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