terça-feira, 13 de maio de 2008

carta p/ amarante

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Pois eu tenho 24 anos e sonho com todos os anos que hão de vir através dos dias. Hoje, meu dia jogado displicentemente num canto da sala, o som mastigando músicas em línguas estrangeiras e o café com cigarros. Amargo gosto do nada, a faxina do banheiro, o jogar-se na cama. Meus prazeres vãos na beira de um rio com sensuais seixos em espumas leves como o toque de bocas que se beijam pela primeira vez. As pedras macias jogadas na face que ri e que sangra. O sono dentro do sonho que constrói os seixos e os sexos afins e as idéias perenes. Durmo e meu dia jogado ainda displiscentemente em algum canto da sala.
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