quarta-feira, 11 de janeiro de 2006

soltando linhas

meu vocabulário se abre assim como alguém abre as pernas

desavergonhadamente

sou como um pássaro que cruza o céu e deixa invisível o seu rastro, para quem quiser perceber.

minhas palavras engedram minha ânsia em viver sem limites.

busco estar antes de ser, e me espanto com isso: o estado q permanece não é aquele do mesmo ser q é.
estou andando em espiral. pra fora, sem parar. chego a lugar nenhum e percebo q o próximo lugar nenhum é a porta para outro lugar.

meus pequenos casos são como jantar fora sem ter dinheiro, incoerentes mas prazerosos, cheios de nada.

estou só mais uma vez.

e mais outra.

e outra.


e outra.

Nenhum comentário: