deus
é o sonho cantado em hinos ancestrais
que
se fazia carne junto aos mortais
que
se comia chuva
cantando
poesias
ecoando
cacofonias
entoando
esperanças
nos
braços do vento.
o
dia que se fazia noite
produzindo
o relento
a
lua que beijava o céu
onde
o canto dos índios soava
a
abelha produzindo o mel
na
flor onde a dor deitara
tudo
isso deus.
o
som que soou primeiro
as
primeiras pessoas,
adão
e eva ou não
quaisquer
os nomes,
mas
as primeiras pessoas.
nelas
soprou o verbo de deus,
e
ele era o princípio,
cantou
como um hino
sem
começo nem fim
amou
como um menino ao abraçar o sol
e
estará lá quando a morte morrer.
quando
não houver mais poesia.
in.: cartas p/ amarante, março/12
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