terça-feira, 1 de março de 2011

Quando os sinos não dobram


São tantos significados

A se dessignificar dentro de mim.

As angústias ontem eu quis beber

Mas só hoje acordei

Pois era doce o soar do desengano.

Gritos ecoavam nos meus salões vazios

Eu era o horror ante o horror de si mesmo.

E tudo chorou dentro de mim.

E assim eu hoje acordei atravessando

O reverso de toda a dor que quero esquecer

Mas, se a esqueço, como fazê-la verso?

Ei-la dor diante de mim.

Mas ainda assim, doce.

Doce dor a dar-me o mistério,

Aquele que se incompleta a cada

Instante indelével em que sou

Gente.





in.: os cadernos p/ mim mesma, 26-02-11

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