domingo, 24 de outubro de 2010

Academia Universitária

Nos submundos da universidade maconheira
Eis que sobranceira pinto minha cor de solidão.
As salas abandonadas são os refúgios
Dos poetas desterrados em seu próprio lar.

Estou sozinha com o baseado
E o subterrâneo é meu:
Fantasmas arrastam carteiras pelos corredores
Os professores falam e falam
Sempre tentando fazer com que o relógio
ande mais rápido ou mais lento, mas ande.
E os alunos indo e vindo sem distinção,
Cada qual com o seu umbigo peculiar.

A academia treme em sua base
Mas os diplomas continuam a ser produzidos
E
então
Eu

Embaixo
Nos submundos da UnB
Com a teoria entre os dentes e a
prática sobre a carteira.

Nenhum comentário: