quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

sentires

O sentido da vida são sentires

O som da água corrente

A palavra acuosa

A aranha tecendo sobre nós

Os seus muitos olhos.

Bem, o sentido da vida são os encontros.

A folha seca que cai sobre o ombro

De novo a aranha pulando sobre o papel

Os olhos que se cruzam

E as existências que se vão quase sorrindo.

Sim, os sentidos da vida.



in.: cartas p/ helô

3 comentários:

Gabriela Maria disse...

me fez pensar como a gente deveria aprender com as aranhas, as grandes beneficiárias do tempo... adorei o texto. =)

dom noronha disse...

gosto de sentir que também tenho sentires.
escuto o berro das águas
e meus dedos tateiam nos encontros
como se tecessem teias.
folhas secas estalam sob abraços
como se fossem frituras.
fraturam os silêncios.
sim, eu também tenho sentires...
meus olhos se cruzam
mirando existências paralelas...

treta disse...

centelhas divinas atravessando a eternidade tomadas pelo pai