quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006

é pra isso que venho aqui

o tédio que me devora.
ele é o mesmo tédio que faz da minha vida um pseudo-mar-de-rosas.
a letargia que consome minha energia: ela me deixa deitar na cama sem querer saber dos trabalhos pendentes.

o sol nasce. o sol morre.
abro os olhos. fecho os olhos.
estou aqui. estou aqui.

quando durmo, me reencontro. e nos sonhos, lá há tudo. há olhos, há música, há passos, há sóis, há genitais, há cartas, há leite... (ah... leite...) tudo condensado.

quando acordo, me perco. e na realidade, lá há nada. há vazio, há medo, há desejo e mais desejo. tudo limitado.

quando sento aqui e escrevo assim, sem mais nem menos, copiando apenas o que está na mente; quando sento aqui e escrevo eu me esqueço que me desprezo. e durmo acordada.

Nenhum comentário: