quinta-feira, 15 de abril de 2010

O VIOLETAR-SE

Posso dizer que estou redescobrindo-me e essa é a chance de compreender melhor a solidão e não mais temê-la, pois tudo tem sua razão de ser.

Estou cansada de obsedar-me.

Hoje pela manhã a tristeza soou viciada e cega, inescrupulosa tristeza. Me pegou pelas costas, deu-me uma chave de braço e me imobilizou no chão.

Não é momento de explicar-te: é momento de descrever-te o tom: o tom cinzento azul do momento, em breve violetar-me-ei.

A cura vem de cima e dos lados.

Estou cruzando oceanos de milênios.

As vidas, os castigos, os prêmios.

Transmigrações.


in.: cartas p/ amarante

3 comentários:

cilibrino disse...

Que bom que começas a compreender....

dom noronha disse...

Descubra-se. transmigre-se. vire a página do cinza para a página da Luz. respire as manhãs novas que aparecerão. você verá que viver bem é viver simples. na simplicidade está a complexibilidade do existir...

Anônimo disse...

porca-Règina, o contingère com deixar o Aracá te fez confusa e carentíssima. Sabes que esse teu cantor não mede e nem meia palavras. Fere. Certo e preciso.
Voitila babava por isso.. Ratzinger se imola dia per dio. Sobel teve seus êxtases. .Enfim; a caravana passa e os cachorros brasíliam por todo o território.

A solidão é uma peste. ISTO obseda.
E livra-nos do mal (se é que ele existe fora dos católicos).
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..hoje de manhãzinha te peguei pelas costas, dei-te uma chave de braço, te imobilizei no chão, e cochichei: agora é a sua vez, violeta..
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a.peste

ps: teu planeta melhorou, mas a inépcia dos batráquios é gritante..
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convoco os lacaios?
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