domingo, 6 de dezembro de 2009

elocubrações filosofais

A morte é a passagem para a ausência de tempo. Quando nascemos, é como o tempo que nos tornamos mulheres, homens, seres. Nos percebemos. Somos e convidamos o pensamento a trotar por terrenos diversos. Somos dentro do tempo e através do espaço.
Quando morremos, saímos do tempo e adentramos a realidade turbilhônica e estática do instantâneo.
Sim, é o tempo que nos traz a vida e ela em nós cultiva. Quando ele nos abandona, somos tragados pelo mistério da morte.
Bendito e maldito tempo, que tudo nos dá e facilmente nos tira tudo.
(...)
Sim. Eis me viva como o vento que sopra sua respiração deliquescida. Milagre do encontro com o além de mim que a mim convida: sinta, a brisa nos traz frescor, ela alivia os terremotos. É o descer do dia trazendo o seu bafo frio.
O fim da vida é como o fim do dia: fogo que se apaga sem quê nem qual.
(...)
Sim. Sim. Estou mais próxima de tudo. Próxima de meu escuro ensurdecedor.
Limitude. Eis minha verdade dolorosa, avassaladora como a morte...
(...)
Nem deus conseguiria me dar o tudo.

in.: cartas p/ clarice

6 comentários:

Anônimo disse...

Salve salve Tetê!

Lembre-se: o Rock nao pode parar! Nunca! ;)

Ass: Um fã incondicional!

Unknown disse...

de novo deu um nó no meu juízo mas gostei... ahuahuaha é realmente naum temos o controle do tempo, isso é como se kuabrasse nossos membros, se dar conta disso, impotentes a nossa propria sorte... por isso toda essa angustia nas suas palavras... ahauhauha

any, jessica

treta disse...

mas não tem angústia.

é só melancolia.

melancolia é até bonito.

Unknown disse...

angustia com um nome mais poetico... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

treta disse...

cada um lê de um jeito né

Anônimo disse...

É como diziam...
É "Algo dentro, que eu nao entendo."

:D