segunda-feira, 21 de setembro de 2009

ciborguear guerreando e cagando

Às vezes escrevo não para tentar fazer poesia ou divagação filosófica, mas simplesmente para entrar em contato com algum ser humano, um contato físico, pelos átomos do papel e pela emoção da caligrafia, um contato que ecoe o incrível da experiência humana.

Sim, ser humano humano humano e desconhecer o que é humano... Ser pulsão e irracionalidade e pensamento e ciência. O que é Deus? O que é universo?

Amigo! A filosofia não comporta a magnitude infinita do universo, muito menos a ciência o faria!

Mas a religião aponta um dos caminhos: o espírito é necessário e a humanidade não deve compartimentar seus conhecimentos: a transdisciplinariedade, contudo, existe?

Como conhecer sem criar um ponto de vista?

Para ler Machado ou Huxley, preciso ter a literatura em vista?

Para ler o mundo, só a antropologia basta?


O mundo está mudando freneticamente. Vivemos a era intensa da revolução digital e tecnobiológica (genética!). Mudamos paradigmas em questão de décadas. Cagamos nas mesmas instituições que ajudamos a criar. Comemos lixo. Assassinamos nossos descendentes e desrespeitamos nossos ascendentes. Maculamos nossa própria casa e jogamos pedras nas dos outros.

Onde paramos? Já nem sabemos mais porque ir.

Que geração é essa, que consome todas suas esperanças em janelas de computadores?



In.: cartas para o filósofo

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