domingo, 14 de dezembro de 2008

carta p/ d. de olhos cálidos

(...) Para poder lhe dizer exatamente (ou quase isso) o que se passa comigo ultimamente somente por meio de misteriosas metáforas.
Pois o meu mundo é insano como o olhar da menina psicótica que perde sua filha para os homens do governo.
Pois estamos separados - todos - desde o início até o fim.
Pois é triste como o pai alcóolatra sendo carregado pelas filhas evangélicas bar afora, tão triste e cheio de fé como todos nos bares.
Pois estamos separados, todos - desde o início até o fim.
Pois é devastador como o crescimento potencial da ganância dos homens, nossos filhos e irmãos, nossos reflexos.
Pois eis-me eu.
Numa ilha. Numa clínica. Numa prisão.
Lendo-me fria no banheiro.
No berçário. No caixão.
(...)


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