sábado, 29 de julho de 2006

j.

enquanto fumava pensava todo o templo nela e em seu olhar pretensamente indiferente, a parcialidade que preenchia a sala dolorosa. o conhecimento triste do inevitável.
inevitável. inconsciente: a certeza da relação de brinquedo, a mentira que era verdade por não ser segredo.
enquanto fumava pensava apenas nela, mas não em todo o significado incerto que ela exalava em direção a seu subconsciente, e enquanto fumava se perdia nela.
e às vezes sabia que a presença, mesmo bruxuleante e vaga, aquela presença dela seria sempre um perder-se nela por perder-se em si mesma.
a vendida e necessária relação de brinquedo.
e quando fumava lembrava-se tristemente dela.

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