quarta-feira, 17 de maio de 2006

carta ao mininin

(...)Já sei. Tá tudo entendido. Tenho que parar de ser mimada.

O sexo é selvagem, amigo. É todo ele natural.
Humano transcende tudo. Humano tem mania de transcender, de querer transcender tudo.
Gosto da cor da Aurora.

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Sou comandante tentando manter o leme firme
Na tempestade fria escura
De um dia cheio de mortes
As palavras enterradas dolorosas dentro do fundo
afogadas no interior do mar
(A criança mimada. A música pop. Os sutiãs deslocados.
O pão com queijo. O futebol. A barba ruiva.)
Todas mortas
Cumpridoras de destinos que transcendem o raciocínio
Sepultadas todas num mar de frases sedentas
Onde olhos mar
Onde olhos marejados sal
Boiam em seus sentimentos duvidos
Pedindo água doce Pedindo hidratação
No dia escuro
O tabuleiro e as jogadas imprevisíveis
A causa e a conseqüência dentro da orquestra divina
Os plangentes instrumentos muitos nas mãos inocentes dos homens

Naufraga uma fantasia

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