Me atravessa o frio da existência.
Tão minha, mas de tão múltiplas essências...
O gélido ardor da solidão...
Não só minha,
Mas de todos os antepassados.
Onde estão eles, dentro de suas mortes tão suas?
Onde residem eles em mim,
Dentro dessas minhas veias tão vivas?...
Mistério em cada porção de ar que respiro.
Inegável medo
Do coração que,
Involuntário,
Bate no peito.
Eu!
Respiro!
Eu!
Suspiro!
Eu!
Retiro inalcançável até para mim, que sinto
E cheiro e ouço e vibro
Tudo isso que sou quando existo.
E me firo. E vomito. Dou um grito
E peço água: estou só...
Será que existo?
in.: os cadernos p/ mim mesma
04-10-11
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