Na beira das mesas
Eu, essa orbe de incertezas,
Realizo meus monólogos.
Não há mais filósofos
Nem poetas.
Quanto mais profetas!...
Só há peregrinos:
Incontáveis viajantes
Estrangeiros em si mesmos.
Eu? Não seriam eles?
Os ventos de ontem? Os meses?
As vezes em que me perdi.
Os risos que não soube rir.
Não há vida além da vida.
Todos vão e tudo oscila
Sem nunca realmente vir.
in.: os cadernos pra mim mesma
21-10-11
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