As alcovas não têm janelas
As pessoas se escondem nelas
Estão todas em si centradas
Mas de fora não sabem nada
Nas alcovas medram crianças
Que adultas não vêem nada.
Em seus egos, tão bem centradas!
Na rebarba, sua ignorância.
As alcovas são nossas casas
Nossos vários computadores
Nossas tocas imaculadas
Onde arquivamos nossas dores.
in.: os cadernos para mim mesma
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