bzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz........................
zzzzzzzz
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segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
sábado, 10 de novembro de 2007
prosa em verso
"É preciso escrever para acalmar a angústia que se aglutina poderosa no pulsar do meu sangue. É preciso escrever para tentar descrever e é preciso descrever quando se escreve, pois tudo é assim: um ir e vir sem fim. E, que paradoxo, é justamente a finitude nesse tudo sem fim que me alveja dardos mergulhados na sempre presente incessante angústia. Ah, a falta! Falta-me o complemento! Eu sem! Dói-me viver dói-me. A natureza perversa arrancou-me do ventre e marcou-me eternamente com a solidão dilacerante do umbigo. Eu sem: a certeza da unicidade. A introvertida solidez convexa do subjetivo. Que eu fosse um ao meio. Que eu fosse! Que eu fosse mera linguagem. Que eu fosse!
Segredo revelado: Deus disse na palavra que a palavra é deus."
30-03-07
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
diário de um trabalhadora após 20 anos de trabalho
após esse tempo constata-se que:
ou se é um otário ou se é um filha-da-puta.
eu sou uma otária
by c. orm, 01-11-07
ou se é um otário ou se é um filha-da-puta.
eu sou uma otária
by c. orm, 01-11-07
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
diário de uma trabalhadora após 4 meses de trabalho
durante esses últimos três meses e meio eu estive trabalhando numa loja de shopping. de toda essa experiência posso tirar as seguintes conclusões:
1 - nunca confie em clientes. a pessoa pode ser a mais agradável possível, estar mais bem vestida. é bom sempre abrir bem os olhos, qualquer um é passível de ser um mão-leve daqueles. fui roubada outro dia porque confiei demais numa loirinha simpática com cara de intelectual. a lalau me levou uma espada ornamental, e agora vou ter que desembolsar 120 reais para pagar o que ela levou.
2 - nunca confie em vendedor algum. absolutamente, nenhum nenhum. sem comentários.
(...)
P.S.:
3 - nunca jamais confie em seu patrão.
conclusão:
nunca confie em ninguém, porra!
1 - nunca confie em clientes. a pessoa pode ser a mais agradável possível, estar mais bem vestida. é bom sempre abrir bem os olhos, qualquer um é passível de ser um mão-leve daqueles. fui roubada outro dia porque confiei demais numa loirinha simpática com cara de intelectual. a lalau me levou uma espada ornamental, e agora vou ter que desembolsar 120 reais para pagar o que ela levou.
2 - nunca confie em vendedor algum. absolutamente, nenhum nenhum. sem comentários.
(...)
P.S.:
3 - nunca jamais confie em seu patrão.
conclusão:
nunca confie em ninguém, porra!
sábado, 13 de outubro de 2007
DUAS A DOIS HORAS
Eu não quero me apaixonar,
Eu sofro muito quando me apaixono.
Eu quero só viver momentos,
Instantes a dois sós.
Acordar com a carne no colchão.
Ouvir silêncios amargos e doces.
Pedir e ser pedida.
Desfrutar sabores em expressões sérias;
Cansadas, sorridentes, curiosas.
Quero o meu dueto cantando e tocando
A uma só voz melodias diferentes.
22-06-07
Eu sofro muito quando me apaixono.
Eu quero só viver momentos,
Instantes a dois sós.
Acordar com a carne no colchão.
Ouvir silêncios amargos e doces.
Pedir e ser pedida.
Desfrutar sabores em expressões sérias;
Cansadas, sorridentes, curiosas.
Quero o meu dueto cantando e tocando
A uma só voz melodias diferentes.
22-06-07
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
de novo
já q tudo é um ir e vir sem fim
de novo
passou a trovoada, o raio, o aguaceiro e tudo foi se acalmando depois
de novo
al.
EPIGRAMA
A serviço da Vida fui,
a serviço da Vida vim;
só meu sofrimento me instrui,
quando me recordo de mim.
(Mas toda mága se dilui:
permanece a Vida sem fim.
Cecília Meireles
de novo
passou a trovoada, o raio, o aguaceiro e tudo foi se acalmando depois
de novo
al.
EPIGRAMA
A serviço da Vida fui,
a serviço da Vida vim;
só meu sofrimento me instrui,
quando me recordo de mim.
(Mas toda mága se dilui:
permanece a Vida sem fim.
Cecília Meireles
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
momentos únicos
tou zigzagueando feito borboleta! parafraseando cecília ilustro um pouco do momento atual.
EPIGRAMA
A serviço da Vida fui,
a serviço da Vida vim;
só meu sofrimento me instrui,
quando me recordo de mim.
(Mas toda mága se dilui:
permanece a Vida sem fim.)
A serviço da Vida fui,
a serviço da Vida vim;
só meu sofrimento me instrui,
quando me recordo de mim.
(Mas toda mága se dilui:
permanece a Vida sem fim.)
Cecília Meireles
sábado, 29 de setembro de 2007
carta p/ dd
"(...) as coisas não são simples de se viver. Nós tropeçamos, sangramos. Eu às vezes viro uma dramática quando sangro. Gemo, dou crise, derramo oceanos inteiros pelos olhos. Não chega a ser assim, lá muito delicioso, sentir o gosto salgado das lágrimas. Mas não tenho opção. Render-me? Jamais. Mesmo com as vísceras saltando para fora, o enferrujado sangue na garganta afogando a alma, mesmo assim permanecerei empunhando minha espada ou meu escudo ou aquilo que me restar.
É assim que quero guerrear na vida.
É assim que quero guerrear na vida.
Quero entender o medo."
domingo, 23 de setembro de 2007
divagações epistolares
"... obrigada por seus olhos que fazem ouvidos escutarem o som das linhas. A palavra me liberta. Já ouviu falar em Deus? Deus é uma idéia, amigo meu, uma idéia infinitamente acima de qualquer ideal. A palavra me liberta.
Precisa dizer mais algo? Ouça sua palavra interior. A minha ecoa nessas páginas.
(...)
NA SARA NOSSA TERRA:
Quando de repente eu me perguntei: é uma igreja ou uma casa de espetáculos? Acho que, além de Deus, vi o diabo lá dentro. E doeu.
Deus não devia agregar só o bem?
Enfim, meu mais precioso templo é meu corpo. Hei de ter Deus em mim enquanto me restarem palavras."
Ah! Quando então eu conheci Oxumaré, o orixá dos contrários, a serpente que se devora, o arco-íris em luz... Então eu redesenhei o yin-yang. Então eu não precisei odiar o mal.
Precisa dizer mais algo? Ouça sua palavra interior. A minha ecoa nessas páginas.
(...)
NA SARA NOSSA TERRA:
Quando de repente eu me perguntei: é uma igreja ou uma casa de espetáculos? Acho que, além de Deus, vi o diabo lá dentro. E doeu.
Deus não devia agregar só o bem?
Enfim, meu mais precioso templo é meu corpo. Hei de ter Deus em mim enquanto me restarem palavras."
Ah! Quando então eu conheci Oxumaré, o orixá dos contrários, a serpente que se devora, o arco-íris em luz... Então eu redesenhei o yin-yang. Então eu não precisei odiar o mal.
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
carta p/ L.
Viver é em todas as letras uma arte.
Uma veracidade cortante.
Uma ilusão sorvida por entre os lábios.
Uma vertigem sem eira nem beira.
Um erro solenemente proposital.
Um rabisco em folha de papel.
14-08-07
Uma veracidade cortante.
Uma ilusão sorvida por entre os lábios.
Uma vertigem sem eira nem beira.
Um erro solenemente proposital.
Um rabisco em folha de papel.
14-08-07
terça-feira, 18 de setembro de 2007
carta p/ mein reich
"Tem gente que pensa: vou ganhar dinheiro vendendo pipoca. Outros pensam: vou ganhar dinheiro fazendo putaria. E assim o mundo vai girando.
Mas aí, amigo. Difícil deve é ser ganhar dinheiro fazendo amor... Nisso eu nunca ouvi falar. Nem quero ouvir dizer. Amor bom e de qualidade é aquele que vem de graça."
Mas aí, amigo. Difícil deve é ser ganhar dinheiro fazendo amor... Nisso eu nunca ouvi falar. Nem quero ouvir dizer. Amor bom e de qualidade é aquele que vem de graça."
terça-feira, 11 de setembro de 2007
templo soul e apc!
se quando eu comecei a escutar rap já tinha gente que me enchia o saco, imagina agora, q tou escutando rap evangélico!
mano! é mta treta!
"Então vê se vigia
e se hoje for teu Último Dia?
E de que valeu tanta correria,
nada não valeu de nada.
Pra que tanto dinheiro,
não adianta por no bolso do terno.
Eles não aceitam isso lá no inferno,
nada isso não vale nada."
Apocalipse 16
mano! é mta treta!
"Então vê se vigia
e se hoje for teu Último Dia?
E de que valeu tanta correria,
nada não valeu de nada.
Pra que tanto dinheiro,
não adianta por no bolso do terno.
Eles não aceitam isso lá no inferno,
nada isso não vale nada."
Apocalipse 16
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
AMARGO
essa música foi feita há cerca de 6 meses atrás. foi uma das últimas que compus. depois dela, poucas vieram.
quando o amor se desiludiu acabou a melodia. não tenho mais beleza para cantar.
Malgrado meu...
A Lua se apagou!
O Sol escureceu.
O meu amor morreu antes mesmo de nascer.
O meu amor morreu.
E eu sem ninguém...
O céu enegresceu
A solidão é quem está pra me fazer chorar.
O meu amor morreu sem nem querer me abraçar.
Ah!... O mar tão amargo...
Não tenho do lado a minha querida ilusão.
As coisas da vida dizem não.
À solidão eu dou as mãos
E sigo na vida sem...
Saio então da morada de mentiras.
Eu fico é com o não.
Se quebra a fantasia, enfim.
Ah!... Amar tão amargo...
Não tenho do lado a minha querida ilusão.
As coisas da vida dizem não.
À solidão eu dou as mãos
E sigo na vida sem...
quando o amor se desiludiu acabou a melodia. não tenho mais beleza para cantar.
Malgrado meu...
A Lua se apagou!
O Sol escureceu.
O meu amor morreu antes mesmo de nascer.
O meu amor morreu.
E eu sem ninguém...
O céu enegresceu
A solidão é quem está pra me fazer chorar.
O meu amor morreu sem nem querer me abraçar.
Ah!... O mar tão amargo...
Não tenho do lado a minha querida ilusão.
As coisas da vida dizem não.
À solidão eu dou as mãos
E sigo na vida sem...
Saio então da morada de mentiras.
Eu fico é com o não.
Se quebra a fantasia, enfim.
Ah!... Amar tão amargo...
Não tenho do lado a minha querida ilusão.
As coisas da vida dizem não.
À solidão eu dou as mãos
E sigo na vida sem...
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
REVISITANDO PARIS
a J.K.P.
Hoje minha alma sonhava que visitava Paris.
No crepúsculo da mágoa dos homens
Minha alma tocava com lágrimas as cordas de um sonho em Paris.
A noite viria e ensimesmada acordava
A mulher e a guitarra que visitaram Paris.
Embaralhando tempos e condensando espaços
Minha alma criada descobria sem ruas
Uma Paris desnudada
Com olhos saudosos daquilo que nunca haveria sido.
25-05-07 ao acordar
Hoje minha alma sonhava que visitava Paris.
No crepúsculo da mágoa dos homens
Minha alma tocava com lágrimas as cordas de um sonho em Paris.
A noite viria e ensimesmada acordava
A mulher e a guitarra que visitaram Paris.
Embaralhando tempos e condensando espaços
Minha alma criada descobria sem ruas
Uma Paris desnudada
Com olhos saudosos daquilo que nunca haveria sido.
25-05-07 ao acordar
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
quando encontrei milkman
"Olhei para cima e vi as núvens como se fossem um algodão acessível à mão. Estaria eu apaixonada? Como saber de algo com certeza verdadeiramente? Não sabia. Estiquei o braço, toquei as núvens e senti a vida dentro da semente do algodão. Conversei com as árvores. Elas me falaram do amor. Eu achei bonito o modo como elas falavam dele."
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
carta p/ mininu
O MILAGRE DA RESSURREIÇÃO
Oh, amigo meu! quantas coisas pelas quais se passar nessa vida! Tantos amores! Tantas fantasias transitórias! Cada vez mais percebo a claridade do dia e as vibrações dos átomos. Os campos mais verdes são os pelos quais passo! Degusto a cor do bem e do mal. Os abismos mais escuros são nos quais eu me jogo. O medo vem e vai. Os ponteiros dos relógios param, mas a cadência dos segundos permanece infinita.
Instantâneo. Eu soube, simplesmente.
domingo, 12 de agosto de 2007
masturbação ou não?
"Não há relação sexual, não há harmonia perfeita possível entre um homem e uma mulher, mas uma discordância na qual pode se alojar a aventura pessoal."
Gerárd Haddad, O DIA EM QUE LACAN ME ADOTOU
sábado, 4 de agosto de 2007
homens e mulheres
carta p/ I.
"... pensando no quanto eu amo os homens. Eles são muito interessantes. O mecanismo de seus corpos me fascina. Mas aí penso nas mulheres e no mecanismo dos corpos delas, o mecanismo do meu próprio corpo, esse meu corpo humano que tantas vezes me surpreende... Como lidar com lágrimas que descem dos olhos sem eu nem pensar direito, glândula que lacrimeja dores subterrâneas molhando meu rosto?
Como lidar com esse meu coração que pulsa?"
"... pensando no quanto eu amo os homens. Eles são muito interessantes. O mecanismo de seus corpos me fascina. Mas aí penso nas mulheres e no mecanismo dos corpos delas, o mecanismo do meu próprio corpo, esse meu corpo humano que tantas vezes me surpreende... Como lidar com lágrimas que descem dos olhos sem eu nem pensar direito, glândula que lacrimeja dores subterrâneas molhando meu rosto?
Como lidar com esse meu coração que pulsa?"
terça-feira, 31 de julho de 2007
mais uma vez, brasília
a minha prima falou q essa parece música de propaganda política.
pode até ser. mas eu adoro escutá-la enquanto passeio de ônibus pelo eixo monumental!
BRASÍLIA - Sérgio Sampaio
Quase que ando sozinho por todos os bares
Freqüento lugares, namoro suas filhas, Brasília
E posso dizer que começo a voar
Sossegado em seu avião
E mesmo com o ar desse jeito tão seco
Consigo cantar no seu chão
Quase que me sinto em casa em meio a suas asas
E "dáblius" e "eles" e eixos e ilhas, Brasília
Cidade que um dia eu falei que era fria
Sem alma, nem era Brasil
Que não se tomava café numa esquina
Num papo com quem nunca viu
Sei que preciso aprender
Quero viver pra saber
E conhecer Brasília
Ver o que há, Paranoá
Lago de sol, noite, lua
O olho do amor desconhece a armadilha
Assim vim ver Brasília
Quase que me sinto bem distraído em suas quadras
Tão bem arrumadas com suas quadrilhas, Brasília
Concreto plantado no asfalto do alto
O céu do planalto onde estou
Aqui na cidade dos planos
Conheço um cigano que não se enganou...
.....
ver o q há!
pode até ser. mas eu adoro escutá-la enquanto passeio de ônibus pelo eixo monumental!
BRASÍLIA - Sérgio Sampaio
Quase que ando sozinho por todos os bares
Freqüento lugares, namoro suas filhas, Brasília
E posso dizer que começo a voar
Sossegado em seu avião
E mesmo com o ar desse jeito tão seco
Consigo cantar no seu chão
Quase que me sinto em casa em meio a suas asas
E "dáblius" e "eles" e eixos e ilhas, Brasília
Cidade que um dia eu falei que era fria
Sem alma, nem era Brasil
Que não se tomava café numa esquina
Num papo com quem nunca viu
Sei que preciso aprender
Quero viver pra saber
E conhecer Brasília
Ver o que há, Paranoá
Lago de sol, noite, lua
O olho do amor desconhece a armadilha
Assim vim ver Brasília
Quase que me sinto bem distraído em suas quadras
Tão bem arrumadas com suas quadrilhas, Brasília
Concreto plantado no asfalto do alto
O céu do planalto onde estou
Aqui na cidade dos planos
Conheço um cigano que não se enganou...
.....
ver o q há!
sexta-feira, 27 de julho de 2007
quarta-feira, 25 de julho de 2007
diário de bordo: vendedora das 14 às 22hs
nove e quarenta da noite, ainda no trabalho, incenso darshan queimando, o ambiente embalado por canções tibetanas. ao meu redor ciganos, xamãs, fadas, orixás, bruxas, budas, livros do jung e do yves-leloup.
e eu choro porque estou viva.
e meu coração se aperta carregando tudo o que viveu e esperando tudo o que virá.
sinto falta do que nunca tive. mais uma vez.
sinto saudades do meu passado. mais uma vez.
resta a espera. mais uma vez.
se deus existe, ele é o ser mais solitário já concebido.
e eu choro porque estou viva.
e meu coração se aperta carregando tudo o que viveu e esperando tudo o que virá.
sinto falta do que nunca tive. mais uma vez.
sinto saudades do meu passado. mais uma vez.
resta a espera. mais uma vez.
se deus existe, ele é o ser mais solitário já concebido.
terça-feira, 24 de julho de 2007
manuel bandeira
Trova
Atirei um limão doce
Na janela de meu bem:
Quando as mulheres não amam,
Que sono as mulheres têm!
Atirei um limão doce
Na janela de meu bem:
Quando as mulheres não amam,
Que sono as mulheres têm!
segunda-feira, 23 de julho de 2007
para os desamparados
o pequeno príncipe também morreu.
essência do dia: ALECRIM
anti-depressivo, boa sorte, proteção. purifica o astral do corpo e aguça a memória.
essência do dia: ALECRIM
anti-depressivo, boa sorte, proteção. purifica o astral do corpo e aguça a memória.
sexta-feira, 20 de julho de 2007
saudades de ...
"Eu e meu violão temos uma relação muito mais íntima. Quando eu toco eu não escuto nada. Surda sou e acima de tudo eu em minha toca. Há verdade na solenidade animalesca do meu canto. Escancaro-me, abro a boca, libero o grito gutural do desespero único: ser humana e viver a criação."
SOU
SOU
EM
PE
DA
ÇOS
sábado, 14 de julho de 2007
SQS OU SOS?
quem conhece brasília deve conhecer Nicolas Behr, o poeta de braxília
L 2 é pouco
W 3 é demais
quando estou
muito triste,
pego o
grande circular
e vou passear
de mãos dadas
com o banco.
imagine
brasília
não-capital
não-poder
não-brasília
assim é
braxília
brasília
não-capital
não-poder
não-brasília
assim é
braxília
L 2 é pouco
W 3 é demais
quando estou
muito triste,
pego o
grande circular
e vou passear
de mãos dadas
com o banco.
sábado, 7 de julho de 2007
carta p/ B.
"As coisas não estão tão simples. Minha fé em mim mesma às vezes é insignificante. E aí eu caio. Bato e apanho. Entristeço-me e caio na gargalhada com um cigarro entre os dedos. Adentro aquele lugar onde tudo não importa. Desço no escorregador dissolvendo-me no nada. Plenitude triste. Rendição e não redenção. Tipo assim, sabe?
Ah, vou te contar uma coisa: é muito difícil para eu me entender com Deus.
Eu sou uma pecadora"
sexta-feira, 29 de junho de 2007
do verde ao amarelo espaço afora e adentro
essa eu copio e colo dançando!
Em nome de Deus
(Sérgio Sampaio)
Eu nunca pensei que pudesse querer
Alguma mulher como quero você
Se o mago soubesse
Juntasse o meu nome em S
Ao seu nome em C
Nas cartas de todo tarot que houver
Em todo o I-Ching eu podia não crer
Mas tudo é tão verde em seus olhos
Não dá pra não ver
Mas tudo é tão verde em seus olhos
Você que se esconda, que eu vou procurar
Você nem se iluda, que eu vou lhe encontrar
Você pode ir e sair e sumir por aí
Que não vai se ocultar
Eu vejo seu rastro onde ninguém mais vê
Eu pego carona até na Challenger
E vou nos anéis de Saturno buscar por você
E vou nos anéis de Saturno
Sem ser João Batista, você batizou
Meu corpo na crista das ondas do mar
E aí me abriu feito ostra
E colheu minha pérola pra Yemanjá
Agora que estou à mercê de sua luz
Em nome de Deus, me carregue
Me pregue em sua cruz
Em nome de Deus, me carregue
Em nome de Deus
(Sérgio Sampaio)
Eu nunca pensei que pudesse querer
Alguma mulher como quero você
Se o mago soubesse
Juntasse o meu nome em S
Ao seu nome em C
Nas cartas de todo tarot que houver
Em todo o I-Ching eu podia não crer
Mas tudo é tão verde em seus olhos
Não dá pra não ver
Mas tudo é tão verde em seus olhos
Você que se esconda, que eu vou procurar
Você nem se iluda, que eu vou lhe encontrar
Você pode ir e sair e sumir por aí
Que não vai se ocultar
Eu vejo seu rastro onde ninguém mais vê
Eu pego carona até na Challenger
E vou nos anéis de Saturno buscar por você
E vou nos anéis de Saturno
Sem ser João Batista, você batizou
Meu corpo na crista das ondas do mar
E aí me abriu feito ostra
E colheu minha pérola pra Yemanjá
Agora que estou à mercê de sua luz
Em nome de Deus, me carregue
Me pregue em sua cruz
Em nome de Deus, me carregue
quarta-feira, 27 de junho de 2007
tarde de inverno em junho
o lá descendo menor bemol.
a tristeza minha de cada dia
em batuques na louça lavada da pia.
a alegria triste deslumbrada.
que posso fazer?
eu sou a rima crua
decifrando sua senhoria,
a melodia,
em lá descendo bemol menor.
a tristeza minha de cada dia
em batuques na louça lavada da pia.
a alegria triste deslumbrada.
que posso fazer?
eu sou a rima crua
decifrando sua senhoria,
a melodia,
em lá descendo bemol menor.
quinta-feira, 21 de junho de 2007
Augusto dos Anjos
O LAMENTO DAS COISAS
Triste, a escutar, pancada por pancada,
A sucessividade dos segundos,
Ouço, em sons subterrâneos, do Orbe oriundos,
O choro da Energia abandonada!
É a dor da Força desaproveitada
— O cantochão dos dínamos profundos,
Que, podendo mover milhões de mundos,
jazem ainda na estática do Nada!
É o soluço da forma ainda imprecisa...
Da transcendência que se não realiza...
Da luz que não chegou a ser lampejo...
E é em suma, o subconsciente ai formidando
Da Natureza que parou, chorando,
No rudimentarismo do Desejo!
(...)
ah! vertigem! onde estão meu olhos crianças!?
Triste, a escutar, pancada por pancada,
A sucessividade dos segundos,
Ouço, em sons subterrâneos, do Orbe oriundos,
O choro da Energia abandonada!
É a dor da Força desaproveitada
— O cantochão dos dínamos profundos,
Que, podendo mover milhões de mundos,
jazem ainda na estática do Nada!
É o soluço da forma ainda imprecisa...
Da transcendência que se não realiza...
Da luz que não chegou a ser lampejo...
E é em suma, o subconsciente ai formidando
Da Natureza que parou, chorando,
No rudimentarismo do Desejo!
(...)
ah! vertigem! onde estão meu olhos crianças!?
terça-feira, 19 de junho de 2007
carta para mininu
Vida em Amor Maior
O som relampejando
Silencioso em meus ouvidos.
Lá vem ela...
A vida procura o calor.
O momento no calor dos corpos.
A vida em seu início.
O momento no encaixe dos corpos.
O mistério.
O som relampejando
Silencioso em meus ouvidos.
Lá vem ela...
A vida procura o calor.
O momento no calor dos corpos.
A vida em seu início.
O momento no encaixe dos corpos.
O mistério.
domingo, 17 de junho de 2007
à espera
carta para C.
"Mesmo na loucura da distância imensa aqui estou eu te querendo com o sorriso aberto. Quero mais é viver esse querer da maneira que ele se apresentar e aqui ele se apresenta pelas linhas. Abraço-te e acaricio-te com palavras, roubo o teu olhar e toco os teus dedos com o papel. Com minhas frases arquitetadas coloco-te dentro de minha casa e te faço minha mulher primeira e te dou-me mulher como sou e olho-te através do ar perfumado ao redor. Os meus significantes aleatórios constroem toda a situação em que por fim nos tocamos por completo quase sem perceber, suavidade pura, carinho extenuante, sede saciada. Através das palavras, benditas palavras, tenho você dentro e ao redor de mim."
sábado, 9 de junho de 2007
Narciso de traços finos e dentes podres
Há momentos em que nos sentimos ótimos e viver é como uma alegria sem tréguas.
Há momentos em que nos despedaçamos em lágrimas e viver é como uma maldição.
Eu me regozijo em ambos os momentos. Nessa minha existência fenomênica única, experiencio minha humanidade em toda sua potência e toda sua decadência. A minha melhor opção é tomar-me nos meus próprios braços. Acabo tendo que me bastar diante do espelho. Se eu reescrevesse Narciso, ele saberia nadar e encontraria no fundo do lago um anel dourado com seu próprio nome escrito.
As pessoas seriam melhores se soubessem e sentissem que Deus é nelas.
(essa última frase vai para A Peste, em especial)
Há momentos em que nos despedaçamos em lágrimas e viver é como uma maldição.
Eu me regozijo em ambos os momentos. Nessa minha existência fenomênica única, experiencio minha humanidade em toda sua potência e toda sua decadência. A minha melhor opção é tomar-me nos meus próprios braços. Acabo tendo que me bastar diante do espelho. Se eu reescrevesse Narciso, ele saberia nadar e encontraria no fundo do lago um anel dourado com seu próprio nome escrito.
As pessoas seriam melhores se soubessem e sentissem que Deus é nelas.
(essa última frase vai para A Peste, em especial)
domingo, 3 de junho de 2007
saudades no divã
A tristeza toma forma... Serenidades.
Espero o inominável... Sem ansiedades.
Um mágico tira as lágrimas da cartola.
Na tela de um computador o confessionário.
Espero o inominável... Sem ansiedades.
Um mágico tira as lágrimas da cartola.
Na tela de um computador o confessionário.
construo-me desconstruindo
sábado, 21 de abril de 2007
...
"Estou desacreditando completamente no amor e tentando me acostumar com o amargo gosto da derrota, derrota esta configurada na quebra de minhas fervorosas crenças na sublimidade e transcendência do amor da carne. Já não tenho mais 17 anos. Já senti na pele a fúria animalesca do desejo puro e gritante que nasce no contato dos corpos. Não preciso mais de versos de amor. Nem sequer acredito mais verdadeiramente neles, apenas os leio e escrevo para embalsamar minha alma com ungüentos feitos de palavras banhadas em inocência. O que é solene é a arte, não o amor. O amor é natural e violento como filho nascendo. O amor é sexo, convivência e oportunidade. E não quero mais falar disso."
TER UM CIGARRO NOS DEDOS
SÓ PRA MELHOR SUPORTAR A SOLIDÃO?
TER UM SER ENTRE OS LÁBIOS
SÓ PRA MELHOR SUPORTAR A SOLIDÃO?
domingo, 15 de abril de 2007
quinta-feira, 12 de abril de 2007
fissura nas vísceras
"O TEU AMOR É UMA MENTIRA
QUE A MINHA VAIDADE QUER."
Cazuza
O nosso amor a gente inveeeentaaa
Tá. Enquanto isso em frente ao comércio fechado há papelões onde homens dormem. Do lado dos que dormem há cachimbos e homens se drogam. Do lado dos que se drogam há uma criança sem calças.
A fumaça que perpassa os caminhos que se cruzam sem querer na madrugada desperta.
As mortes instantâneas a cada segundo.
sexta-feira, 6 de abril de 2007
em algum lugar de março
PRECISO DO CORPO PARA ABRANDAR OS PULMÕES
DO CORPO PARA ESQUENTAR PRECISO
PRECISO DOS RISCOS
PROCURO O CORPO PARA ME ESBALDAR ENTRE OS VÃOS
PROCURO POR LIMITES EM CURVAS
PROCURANDO AS PERNAS
(...)
(enquanto isso, o som tocando só de zueira no c.p. amor e paz e dor e tréguas. fim do desconhecimento.)
DO CORPO PARA ESQUENTAR PRECISO
PRECISO DOS RISCOS
PROCURO O CORPO PARA ME ESBALDAR ENTRE OS VÃOS
PROCURO POR LIMITES EM CURVAS
PROCURANDO AS PERNAS
(...)
(enquanto isso, o som tocando só de zueira no c.p. amor e paz e dor e tréguas. fim do desconhecimento.)
quinta-feira, 5 de abril de 2007
amando
fiz mais uma música de amor.
se o poeta é um fingidor, o cancionista é um ator a caráter.
é assim: você canta para que algum amor imaginário ouça. você interpreta sentimentos que só existem quando se canta.
eu finalmente decidi dar o nome de mulher pra uma canção minha. em tempo: tinha que ser aquele negócio cheio de amor.
aquele negócio de amante amorosa amável amadora.
muito amadorismo mesmo. quando se trata da teresa aqui, sobra amadorismo. vivo cheia de amor pra dar sem nunca ter amado ninguém realmente. porque nunca houve reciprocidade verdadeira naquilo que já senti.
enquanto isso, continuo acreditando que de alguma forma sigo amando, mesmo na falta do desejo do outro.
olha que coisa mais meiga:
AMANDA
Poxa! Esperei tanto tempo para isso...
Quando tenho já não é mais aquilo.
Nada de fantástico e de grandioso.
Só simples, ordinário:
Olha pra mim, meu bem!
Pena! Pois no fundo eu sei que é só conversa.
Para a prática não existem palavras.
Prum instante não bastam só milênios.
Vai, esqueça os quilômetros.
Vem cá me ver, meu bem!
(...)
amanda!
amando, porra.
qto mais amabilidade, mais perdida eu fico.
trem besta, sô!
tinha q ser só teatro?
se o poeta é um fingidor, o cancionista é um ator a caráter.
é assim: você canta para que algum amor imaginário ouça. você interpreta sentimentos que só existem quando se canta.
eu finalmente decidi dar o nome de mulher pra uma canção minha. em tempo: tinha que ser aquele negócio cheio de amor.
aquele negócio de amante amorosa amável amadora.
muito amadorismo mesmo. quando se trata da teresa aqui, sobra amadorismo. vivo cheia de amor pra dar sem nunca ter amado ninguém realmente. porque nunca houve reciprocidade verdadeira naquilo que já senti.
enquanto isso, continuo acreditando que de alguma forma sigo amando, mesmo na falta do desejo do outro.
olha que coisa mais meiga:
AMANDA
Poxa! Esperei tanto tempo para isso...
Quando tenho já não é mais aquilo.
Nada de fantástico e de grandioso.
Só simples, ordinário:
Olha pra mim, meu bem!
Pena! Pois no fundo eu sei que é só conversa.
Para a prática não existem palavras.
Prum instante não bastam só milênios.
Vai, esqueça os quilômetros.
Vem cá me ver, meu bem!
(...)
amanda!
amando, porra.
qto mais amabilidade, mais perdida eu fico.
trem besta, sô!
tinha q ser só teatro?
quarta-feira, 28 de março de 2007
segunda-feira, 8 de janeiro de 2007
olhos em folhas verdes
é assim: insisto em usar roupas velhas, tão apegada fico às histórias que elas contam.
minha maior dor é ser eu mesma. minha outra dor é ter conhecido pessoas. minha terceira dor é saber que sou humana como elas.
"Mas como fazer se não te enterneces com meus defeitos, enquanto eu amei os teus. Minha candidez foi por ti pisada. Não me amaste, disto só eu sei. Estive só. Só de ti. Escrevo para ninguém e está-se fazendo um improviso que não existe. Descolei de mim."
"Há uma canção de amor deles que diz também monotonamente o lamento que faço meu: por que te amo se não me respondes? envio mensageiros em vão. Quando te cumprimento ocultas a face; por que te amo se nem ao menos me notas?"
"Estou cheia de acácias balançando amarelas, e eu que mal e mal comecei a minha jornada, começo-a com um senso de tragédia, adivinhando para que oceano perdido vão os meus passos de vida. E doidamente me apodero dos desvãos de mim, meus desvarios me sufocam de tanta beleza. Eu sou antes, eu sou quase, eu sou nunca. E tudo isso ganhei ao deixar de te amar."
o livro que conta a história de minha vida tem uma narrativa que escorre como água.
No entanto...
a flor morreu seca, pedindo em silêncio a umidez entre os lábios. a umidez que não veio. a umidez que não existe.
fim.
minha maior dor é ser eu mesma. minha outra dor é ter conhecido pessoas. minha terceira dor é saber que sou humana como elas.
"Mas como fazer se não te enterneces com meus defeitos, enquanto eu amei os teus. Minha candidez foi por ti pisada. Não me amaste, disto só eu sei. Estive só. Só de ti. Escrevo para ninguém e está-se fazendo um improviso que não existe. Descolei de mim."
"Há uma canção de amor deles que diz também monotonamente o lamento que faço meu: por que te amo se não me respondes? envio mensageiros em vão. Quando te cumprimento ocultas a face; por que te amo se nem ao menos me notas?"
"Estou cheia de acácias balançando amarelas, e eu que mal e mal comecei a minha jornada, começo-a com um senso de tragédia, adivinhando para que oceano perdido vão os meus passos de vida. E doidamente me apodero dos desvãos de mim, meus desvarios me sufocam de tanta beleza. Eu sou antes, eu sou quase, eu sou nunca. E tudo isso ganhei ao deixar de te amar."
ÁGUA VIVA, Clarice Lispector.
No entanto...
a flor morreu seca, pedindo em silêncio a umidez entre os lábios. a umidez que não veio. a umidez que não existe.
fim.
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