Solitária escrevo para qualquer um que compreenda:
A vida é uma bruta duma contenda.
Uma disputa entre o claro e o escuro.
Por vezes as trevas comandam
E a alma às cegas apalpa navalhas
Feridas que desnorteiam os destinos.
A escuridão onde se escondem rancores e mágoas.
Em outras: eis a luz: a alma que abre a janela.
Lentamente, o desvendar do segredo da cela:
O túnel que guia à liberdade...
Caminho estreito e longo na direção do oblíquo.
Luz que me guia através do escuro.
in.: cartas para dra. L.
2 comentários:
"a alma às cegas apalpa navalhas". chega a doer na catarse.
é assim mesmo.
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