Eis a burocracia da pseudo-democracia do demo, o povo. Que povo é esse que acata isso? Que povo é esse que se vende por isso? Não é o mesmo povo das escolas negligenciadas deliberadamente e dos hospitais sem leis e das periferias explosivas, enfumaçadas de pedra e descaso? Ou o país dos interioranos sem água mas cheios de esperança nas promessas dos crápulas de gravatas que enchem suas piscinas com água mineral e cheiram cocaína no lixo da nossa Constituição? Sim, eis o país que fazemos e que fizemos desde tempos irrefletidos, perdidos na nossa memória coletiva, nossa história de reis, coronéis ou senadores, quaisquer desses déspotas sem vergonha que comandam prefeituras, berçários, delegacias, tribunais, secretarias.
Que mundo é esse que construímos?
Amiga engenheira...
Roguemos às pedras dos túmulos de Che Guevara ou Ghandi, esses homens sem túmulos, sim, roguemos às pedras da Terra que engole os corpos físicos mas que absorve também a energia de toda a nossa história; que a utopia viva e a mudança aconteça, primeiramente dentro de nós.
Eu vivo para procurar a cura.
Eu acredito em milagres.
Que a humanidade renasça outra vez.