No domingo eu tô fumando e fumada tomo o comando do avião que são as linhas cruzando o céu azul e branco do papel que diz qualquer coisa sentimentada e
Pára. Sonda. Sonha. Gira.
Estou dançando com a espanhola de cabelo de cetim e pele de veludo, lábios bordados num vermelho azul que se escorre por todo o seu corpo de boneca.
Ela foi costurada com palavras e nunca terá vontade própria. Ela é o recorte desferido no meu rosto exposto em lágrimas: ela se chama Emilia e é o meu amor deitado morto pelo azul da hora de crescer: adeus, brinquedo e olá, guerra.
In.: cartas para clarice
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