Não consigo dormir. Mais coca-cola. Cigarros. Vícios.
Eis o meu retrato: bagulhos espalhados pelo quarto.
Psicodelia fluindo das caixas de som para meus ouvidos
Converso com Jim Morrison sobre a insanidade
Das crianças que são vozes a gritar lá de fora
E daqui de dentro do prédio a cidade de concreto
Se assoma como uma redoma cunhada em estruturas sociais
Artefatos como o ônibus azul
Que nos chama a viajar dentro das caixas de som
Que cantam as crianças a sentir o gosto de ter voz
E caminhar e invadir o meu quarto com o seu timbre
Infantil. Patinetes. Gritos.
Mas, "pai, eu quero te matar"
E, "mãe, eu quero te foder"
Quebro as estruturas sociais e fujo para os guetos
E nos guetos me entrego ao sexo que é amor desnivelado
E nas quebradas escondo meus crimes e cuspo nos costumes
E na derrota sou vitória pois resisto para além de glória ou honra
E esse é o fim
A fantasia em pedaços e o corpo em decomposição
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
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